Em um evento de alto nível realizado durante a 74a Assembleia Geral da ONU, a ONU Mulheres e o Conselho de Mulheres Líderes Mundiais se reuniram para emprestar suas vozes e o seu poder para a campanha Geração Igualdade.
A campanha da ONU Mulheres visa acelerar as ações de igualdade de gênero e marcar o 25o aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, a agenda mais visionária para os direitos e empoderamento das mulheres em todos os lugares.
"Next year we are unleashing to the world a generation of activists that will bring us forward.
— UN Women (@UN_Women) September 25, 2019
We will bring the past; we will merge the present; and they will run with the future."
- Executive Director @phumzileunwomen on #GenerationEquality during the #UNGA. pic.twitter.com/KyMjHuBr2y
"No próximo ano, estamos trazendo para o mundo uma geração de ativistas que nos fará avançar", disse a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka. "Nós traremos o passado; vamos fundir com o presente; e elas avançarão com o futuro".
A partir de agora, até a finalização do Fórum Geração Igualdade em julho de 2020, a ONU Mulheres apresentará as 282 Campeãs pela Geração Igualdade. As campeãs são mulheres líderes de diferentes setores que representam a mudança necessária na liderança.
"Quando falamos sobre representação na liderança, é muito importante lembrar que a imparcialidade na liderança é uma prova de nossas falhas em garantir oportunidades iguais para mulheres e homens e pessoas de todos os gêneros", disse a primeira-ministra da Islândia, Katrín Jakobsdóttir. "Da mesma forma, se nossas instituições democráticas não refletem a natureza de nossas sociedades, não estamos garantindo a igualdade de oportunidades em geral."
A presidente da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarović, enfatizou que uma boa política não é suficiente para promover a liderança das mulheres; também é necessário que haja uma mudança.
"Na Croácia temos uma legislação perfeita no que diz respeito à igualdade entre homens e mulheres, mas não funciona na prática", disse a presidente Grabar-Kitarović, que também atua como presidente do Conselho Mundial de Mulheres Líderes. "Não chamamos mais de tetos de vidro, chamamos de labirintos de vidro porque as mulheres estão se perdendo nos corredores do poder. Mas podemos quebrá-los - e temos que fazê-lo - trabalhando com mulheres e encorajando-as a serem ambiciosas e nunca aceitarem um não como resposta".
Muitas das lideranças presentes no evento também destacaram a necessidade de promover uma visão diferente da liderança feminina, na qual as mulheres não precisem sacrificar sua feminilidade ou suas famílias para ter sucesso na política e como lideranças.
A sociedade espera, "se você quer chegar ao topo, você tem que desistir de sua feminilidade", disse a presidente da Estônia Kersti Kaljulaid. "Eu não quero isso para minha filha, ou minha neta, ou qualquer campeã das gerações futuras. Quero que as mulheres sejam celebradas no local de trabalho do jeito que elas são."
A presidente Kaljulaid acrescentou que essa mudança pode vir ensinando a a próxima geração sobre a importância das responsabilidades de cuidado compartilhadas e da quebra de estigmas e estereótipos.
"When we talk about representation in leadership, it’s very important to remember that imparity in leadership is a testament to our failures. ”
— UN Women (@UN_Women) September 25, 2019
- @katrinjak, Prime Minister of Iceland & one of the leaders for #GenerationEquality. @IcelandUN #UNGA pic.twitter.com/BIrvu5ZNwt
We asked one of the leaders for #GenerationEquality, President of the Republic of Croatia @KolindaGK:
— UN Women (@UN_Women) September 26, 2019
What is it like being a woman leader?
➡️ "It's still rare to find women in high positions in politics and business...but it's possible. We have to work together." pic.twitter.com/LQf9MX3YUo
A embaixadora regional da ONU Mulheres para a África, Jaha Dukureh, acrescentou que as mulheres jovens precisam ser líderes e tomadoras de decisão. "Como parte da campanha Geração Igualdade , é muito importante [que] as jovens, mulheres jovens, percebam que, se não assumirmos essas posições de liderança, as decisões serão tomadas sobre nossos corpos e nossas leis sem nós", disse Dukureh. "Precisamos estar nessas salas".
O Fórum Geração Igualdade, com início na Cidade do México, Mexico, do dia 7 a 8 de maio de 2020 e culminando em Paris, França, do dia 7 a 10 de julho de 2020, reunirá ativistas, governos, lideranças empresariais, cidades, parlamentos, sindicatos, mídia e outras fortes defensoras da igualdade de gênero, para desenvolver parcerias e colaborações para alcançar a igualdade de gênero.