• 25 anos após a conferência histórica de Pequim, o Fórum revistia e repactua a agenda da igualdade de gênero.
Realizado entre 29 e 31 de março/2021, a expectativa é reunir cerca de 10.000 lideranças, representantes de organizações e ativistas para um chamado urgente em prol da igualdade de gênero para o planeta.
Contatos da mídia: Miguel Trancozo Treviño, ONU Mulheres: m.trancozotrevino@unwomen.org, +525538366192.
Para entrar em contato com representantes do Governo mexicano: Esteban González: esteban@sre.gob.mx e Carlos Vargas, INMUJERES (Instituto Nacional da Mulher), crvargas@inmujeres.gob.mx
Cidade do México; 29 de março de 2021: Lideranças globais se reuniram, hoje,para pedir um avanço ousado e concreto em direção à igualdade de gênero durante a abertura oficial do Fórum Geração Igualdade na Cidade do México. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, abriu oficialmente o Fórum ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, do secretário-da ONU, António Guterres, e da organizadora do Fórum e diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.. Essas lideranças se juntaram à jovem ativista Elvira Pablo e à liderança da sociedade civil Sharon Bhagwan Rolls, representando a juventude e grupos da sociedade civil que são parceiros na concepção e co-criação do Fórum, e também com Olga Sanchez Cordero, secretária do interior do México, e Marcelo Ebrard, secretário do interior e ecretário das Relações Exteriores do México.
Falando ao vivo na Cidade do México, Andrés Manuel López Obrador, presidente do México, enfatizou seu apoio ao evento marcante, dizendo: "Estamos lutando contra o classismo, a discriminação e o racismo, e não há tolerância para o sexismo, nem há impunidade. Crimes de ódio e feminicídios são punidos", disse o presidente r. "As mulheres em nosso país são livres e a cada dia que passa esperamos o fim da desigualdade. Queremos viver em uma sociedade verdadeiramente humana, lutando diariamente para alcançar o ideal, a utopia com que os revolucionários franceses sonhavam desde o século 18: liberdade, igualdade e fraternidade", acrescentou.
O secretário-da ONU, António Guterres, falando através de um link de vídeo ao vivo, disse que apesar das vitórias significativas desde a histórica Declaração e Plataforma de Ação de Pequim em 1995, o progresso nos direitos das mulheres tem sido muito lento: "Em muitos lugares, a própria ideia de igualdade de gênero está sob ataque. Leis regressivas estão de volta e a violência contra as mulheres está aumentando. E, agora, os choques sísmicos da pandemia COVID-19 abalaram a vida de milhões de mulheres e meninas e destruíram muitos de nossos ganhos", enfatizou Guterres.
Elvira Pablo, uma ativista dos direitos indígenas do México e integrante do Grupo de Trabalho de Jovens da Geração Igualdadetambém deixou sua mensagem, Falando ao vivo na abertura na Cidade do México, ela disse: "Essa é uma agenda global urgente que se torna ainda mais urgente pela reversão em nossos direitos que estamos vendo devido à COVID-19. A juventude em todo o mundo está assistindo e esperando. Estamos cansadas e cansados de ouvir palavras e compromissos sem ações imediatas - agora é o momento de agir", falou a jovem.
O Fórum na Cidade do México marca o início da jornada do Fórum de dGeração e Igualdade, que culmina em Paris no dia 30 de junho a 2 de julho. Durante o Fórum no México, participantes analisarão os avanço nos direitos das mulheres desde a cCnferência de Pequim, e também ouvirão as recomendações/sugestões das Coalizões de Ação do Fórum - parcerias com múltiplas partes interessadas que identificaram as ações mais catalisadoras para acelerar os direitos das mulheres, detalhando as principais metas e compromissos possíveis e um quadro de responsabilização de cinco anos. Ainda este ano, líderesde Estado, bem como representantes de alto nível de setores da sociedade, incluindo a sociedade civil e asjuventudes, se reunirão no Fórum em Paris para prometer grandes investimentos financeiros e compromissos redobrados com leis e políticas para proteger e promover os direitos das mulheres.
Emmanuel Macron, presidente da França, co-organizador do Fórum, falando por mensagem de vídeo destacou que "os direitos das mulheres são direitos humanos e universais: nenhum relativismo ou justificativa pode fazê-los regredir". Como a pandemia COVID-19 nos mostrou que o progresso conquistado com dificuldade permanece frágil e pode ser revertido abruptamente, ele reafirmou que "nenhuma crise ou obstáculo deve impedir nossa luta pelos direitos de todas as mulheres no mundo".
O Fórum pretende criar um importante ponto de inflexão global para a igualdade de gênero, reunindo governos, a ONU, a sociedade civil e o setor privado em liderança compartilhada para catalisar investimentos financeiros importantes e resultados revolucionários para a igualdade de gênero. O Fórum discutirá uma variedade de eixos estratégicos, desde justiça econômica até violência baseada em gênero, saúde e direitos sexuais e reprodutivos, o impacto da emergência climática sobre mulheres e meninas, a necessidade de inclusão digital e tecnológica e apoio a movimentos e organizações feministas. O programa do Fórum é baseado na colaboração e cocriação de múltiplas partes interessadas.
Falando ao vivo na Cidade do México, a Sra. Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da ONU Mulheres - a organizadora do Fórum - discursou durante a abertura, dizendo: "Ninguém pode esperar mais. Com a energia de uma nova população vasta e diversificada de feministas em vários setores, podemos e devemos alcançar a igualdade de gênero em nossa geração. O Fórum nos ajudará a transformar a promessa da Plataforma de Ação de Pequim em uma realidade global vivida por meio de ações inteligentes, direcionadas e financiadas que quebram deliberadamente as velhas barreiras e consolidam cumulativamente os direitos humanos."
Falando em nome de diversas organizações da sociedade civil envolvidas na cocriação do Fórum, a feminista do Pacífico e Conselheira Técnica da Coalizão de Mudança de Poder, Sharon Bhagwan Rolls, declarou: "Devemos tomar decisões e ações decisivas, coletivas, urgentes e transformadoras para garantir que nossas filhas e filhos - e nossas netas e netos - realizem igualdade, desenvolvimento e paz em todas as nossas nações."
Palestrantes confirmadas do fórum incluíram Amanda Nguyen, CEO e fundadora da Rise; Epsy Campbell Barr, Vice-presidente da Costa Rica; Hajer Sharief, ativista joven da paz da Líbia e indicada ao Prêmio Nobel da Paz; Nyaradzayi Gumbonzvanda, Embaixadora da Boa Vontade da União Africana para o Fim do Casamento Infantil; Jayati Ghosh, acadêmica e economista de desenvolvimento; Bineta Diop, Enviada Especial da União Africana para Mulheres, Paz e Segurança e Mary Robinson, primeira mulher Presidente da Irlanda e Conselheira do The Elders, entre outras.
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Notas aos Editores
A transmissão ao vivo do Fórum da Cidade do México está disponível neste link. Mais informações sobre o Fórum da Cidade do México podem ser encontradas aqui.