ONU Mulheres Brasil faz convite à ação a governos, empresas e mídia para integração das mulheres refugiadas e migrante
25.02.2022
Em São Paulo, evento promovido por ONU Mulheres, ACNUR e UNPFA incentivará parcerias a apoiar política de diversidade e tornar público o compromisso de agir para acolher venezuelanas com base no portfólio programático da entidade no país
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O Dia Internacional das Mulheres, 8 de março, será marcado por um grande chamamento da ONU Mulheres Brasil à ação de governos, empresas privadas e mídia em favor do empoderamento econômico e da inclusão social das mulheres refugiadas e migrantes. O evento “ Integrar e Empoderar: por direitos e oportunidades para mulheres refugiadas e migrantes no Brasil”” acontecerá, das 10h30 às 18h, em São Paulo na modalidade híbrida – presencial e virtual. Em face da pandemia Covid-19, o evento presencial será restrito a convidados e convidadas: todas as pessoas presentes precisarão apresentar carteira de vacinação. O evento virtual é gratuito e aberto ao público, mediante inscrição prévia pelo link https://bit.ly/inscricao8M
O encontro está baseado na mobilização de diferentes parcerias para responder aos desafios de promover o empoderamento das mulheres, especialmente as migrantes e refugiadas no país, e apoiar o portfólio programático da ONU Mulheres no Brasil. Ocorre numa das fases decisivas do projeto “Moverse – Empoderamento Econômico de Mulheres Migrantes e Refugiadas no Brasil”, desenvolvido em conjunto com o ACNUR (Alto Comissariado da ONU para Refugiados), UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas) e financiamento da Embaixada de Luxemburgo. O evento será realizado em parceria com a Aliança Sem Estereótipo, destinada a promover a igualdade de gênero na publicidade e eliminar a reprodução de estereótipos por meio de reflexões e ações conjuntas com os principais agentes do setor publicitário, incluindo agências e anunciantes .
A plenária de abertura do evento “Integrar e Empoderar: por direitos e oportunidades para mulheres refugiadas e migrantes no Brasil”, das 10h30 às 11h30, terá participação da coordenadora residente das Nações Unidas no Brasil, Silvia Rucks; da representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya; da representante do UNFPA, Astrid Bunt, da chefe do escritório do ACNUR em São Paulo, Maria Beatriz Nogueira; do embaixador de Luxemburgo no Brasil, Carlo Krieger; da coordenadora do Subcomitê Federal para a Interiorização do Ministério da Cidadania, Niusarete de Lima; e de Marifer Vargas, liderança venezuelana. A inauguração do encontro terá mediação da defensora dos Direitos das Mulheres Negras da ONU Mulheres Brasil Kenia Maria e será transmitida ao vivo pelo canal do Youtube da ONU Mulheres Brasil.
Em seguida, quatro painéis simultâneos destacarão temáticas relacionadas a: empoderamento econômico, políticas públicas para integração social, eliminação de estereótipos na indústria da mídia e da publicidade e eliminação da violência contra as mulheres. Lideranças empresariais, gestores e gestoras públicas, jornalistas, publicitárias e publicitários, especialistas em gênero, autoridades da cooperação internacional e representantes da sociedade civil compartilharão boas práticas e fornecerão recomendações sobre como as empresas, municípios, estados, agências de publicidade, mídia e marcas podem se comprometer com os direitos das mulheres refugiadas e migrantes no Brasil.
Os painéis estão programados para o período das 11h40 às 13h30, e estão assim nomeados: Painel I – Empregabilidade na prática: o papel do setor privado na integração de mulheres refugiadas e migrantes; Painel II – Políticas públicas para a integração socioeconômica: iniciativas públicas que mudaram as vidas de mulheres refugiadas e migrantes; Painel III – Eliminação de estereótipos discriminatórios baseados em gênero e raça: as experiencias da indústria de mídia e publicidade; e Painel IV: Eliminação e prevenção de violência contra mulheres refugiadas e migrantes.
Os temas serão introduzidos por meio de vídeo da embaixadora da ONU Mulheres Brasil, Camila Pitanga, e das defensoras dos Direitos das Mulheres Negras Taís Araújo e de Prevenção e Eliminação da Violência contra as Mulheres Juliana Paes. Presente ao evento, a defensora dos Direitos das Mulheres Negras Kenia Maria se juntará aos debates. Os painéis produzirão documentos informativos desenvolvidos coletivamente com perguntas e respostas sobre a empregabilidade de mulheres refugiadas e migrantes no Brasil, boas práticas para municípios no processo de integração socioeconômica de refugiadas e migrantes; boas práticas para empresas das áreas de audiovisual, publicidade e jornalismo no processo de integração socioeconômica das mulheres, especialmente as refugiadas e migrantes; e boas práticas para prevenção e resposta à violência baseada em gênero.
Entre 14h30 e 16h30, ocorrerá plenária com apresentação de casos de sucesso seguida dos resultados dos painéis simultâneos. Outro ponto alto do evento é a assinatura da “Carta de Compromisso em prol do Empoderamento Econômico de Mulheres Refugiadas e Migrantes pelas Empresas”, programada para as 16h30.
Situação das mulheres refugiadas e migrantes no Brasil – No contexto nacional, o Brasil tem cerca de 289.00 0 venezuelanos e venezuelanas vivendo no país quase 50.000 com status de refugiado reconhecido e outros 152.897 com visto de residência temporária.
De janeiro de 2017 a novembro de 2021, a Polícia Federal brasileira registrou 662.862 venezuelanos e venezuelanas entrando no Brasil 2 0% retornaram à Venezuela, 35% cruzaram as fronteiras para entrar em outros países e 45% permaneceram no Brasil. A maioria dos venezuelanos chega pela fronteira com Roraima, um pequeno estado em desenvolvimento no extremo norte do país, severamente impacta do pelo intenso fluxo de refugiados e migrantes.
Informações para a Imprensa:
Assessoria de Comunicação da ONU Mulheres Brasil
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