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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

ONU Mulheres apoia diálogos acerca da crise climática sobre mulheres e a urgência da democracia paritária no G20 Social



19.11.2024


Eventos abordaram as questões de gênero como princípio de democracia e enfrentamento à violência

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A analista de programas de ONU Mulheres, Ana Cláudia Jaquetto, esteve no painel que debateu a paridade de gênero nos espaços de tomada de decisão. (Foto: ONU Mulheres/Lali Mareco)

No dia 14 de novembro, durante o G20 Social, realizado no Rio de Janeiro, a ONU Mulheres apoiou a promoção de diálogos que destacaram questões de gênero nos eixos temáticos sobre reforma da governança global e sustentabilidade ambiental. Os encontros envolveram as áreas de governança e participação na vida pública e fim da violência contra as mulheres.

Os diálogos colocaram em destaque desafios que atravessam a agenda de gênero em diferentes momentos e que são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa, que inclua a perspectiva das mulheres como princípio de justiça social, econômica e democracia. As discussões giraram em torno dos impactos desproporcionais das mudanças climáticas sobre as mulheres e da necessidade urgente de avançar para democracias com paridade de gênero e raça.

Representatividade – A analista de programas de ONU Mulheres, Ana Cláudia Jaquetto, lembra que garantir a participação das mulheres nos espaços de tomada de decisão é um dos compromissos assumidos pelos países na Declaração de Pequim e que nesse contexto, espaços como o G20 são fundamentais para reforçar esse compromisso.

Para tratar sobre paridade de representação política, a ONU Mulheres esteve ao lado do Instituto Alziras e do Geledés-Instituto da Mulher Negra, junto ao Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP), da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, do ParlAmericas, do Observatório de Reformas Políticas na América Latina, da Red de Politólogas e da Associação Brasileira de Combate às Desigualdades.

Além de fortalecer o debate sobre a inserção política das mulheres no contexto brasileiro, o diálogo apresentou boas práticas implementadas para garantir maior presença das mulheres em cadeiras nos poderes executivo, legislativo e judiciário, para a sensibilização sobre a baixa representatividade feminina nos diferentes espaços de tomada de decisão.

“Introduzir a questão do machismo e do racismo não foi fácil em nenhum partido e ainda hoje é difícil de manobrar. Ainda hoje você encontra partidos que fazem de tudo para que não haja mulheres”, afirmou a deputada Benedita da Silva durante o encontro.

Durante o painel, houve o lançamento do documento “Empoderamento Econômico da População Afrodescendente e o Papel dos Bancos Nacionais e Multilaterais de desenvolvimento”, elaborado pelo Geledés – Instituto da Mulher Negra, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os grupos de engajamento do G20, Civil 20 (C20), Think 20 (T20), Women 20 (W20) e a ONU Mulheres Brasil.

Enfrentamento à violência – ONU Mulheres, Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, Instituto Avon e Instituto Maria da Penha estiveram juntos promovendo o nexo entre justiça climática e violência de gênero. Nesse diálogo, foram abordados os impactos das mudanças e dos eventos climáticos na vida das mulheres, além da questão da violência de gênero como um dos grandes obstáculos para o desenvolvimento social global.

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Os impactos das mudanças e dos eventos climáticos na vida das mulheres e violência de gênero como obstáculo para o desenvolvimento social global também foram discutidos no evento. (Foto: ONU Mulheres/Lali Mareco)

O debate visou a inserção do tema da violência de gênero na pauta do G20, considerando a necessidade de proposição de políticas que promovam a justiça climática e a igualdade de gênero, integrando diretamente os desafios ambientais e sociais.

Para a advogada Leila Linhares, as organizações têm papel fundamental na incidência do tema sobre o debate político. “Os movimentos de mulheres mostram há anos suas capacidades de estabelecer articulações políticas e de mobilização social e isso tem permitido a inclusão das demandas feministas agenda pública”.