14.10.2024

 

O encontro é a conclusão das negociações do Grupo de Trabalho, que se reuniu durante todo o ano de 2024 em encontros online e presenciais. ONU Mulheres prestou apoio técnico e político aos trabalhos do grupo desde o seu lançamento. A Diretora Regional para as Américas e o Caribe, Maria Noel Vaeza, e a Representante Interina no Brasil, Ana Carolina Querino, representaram a Entidade no encontro presidido pela Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

Antes do encontro, o Grupo de Trabalho fez sua última reunião em nível técnico, nos dias 8 e 9 de outubro. Essas discussões prepararam o conteúdo para a negociação durante a reunião de ministras. Na Reunião, representantes dos 20 países componentes do grupo apresentaram suas políticas e princípios relacionados às três prioridades do grupo de trabalho, incluindo a autonomia econômica de mulheres, o combate à misoginia e a ação climática. Muitas representantes destacaram preocupação especial sobre as violações de direitos das mulheres em áreas de conflito. Ao fim do encontro, a ministra Cida Gonçalves publicou uma Nota da Presidência Brasileira.

Em seu discurso, a Diretora Regional de ONU Mulheres afirmou que, apesar dos avanços relevantes, o progresso na igualdade de gênero, direitos humanos e empoderamento de todas as meninas e mulheres segue lento. “Como o Panorama de Gênero dos ODS destaca, o mundo está ficando para trás nos enormes dividendos perdidos por não investir na igualdade de gênero. A desigualdade de gênero afeta o crescimento econômico e todos os outros aspectos do desenvolvimento sustentável”, afirmou Vaeza. Ela reforçou a relevância da celebração dos princípios da Declaração e Ptaforma de Ação de Pequim, que completa 30 anos em 2025. “Há expectativas elevadas para que o G20 não apenas reafirme seus compromissos já existentes, mas possibilite mudanças concretas nas vidas de mulheres e meninas”, disse.

A Embaixadora Nacional de ONU Mulheres, a atriz Camila Pitanga, enviou uma saudação em vídeo para o Grupo, exibida durante a reunião. Ela cumprimentou o G20 por abordar os assuntos de igualdade de gênero e destacou preocupação especial com os efeitos das mudanças do clima. “Sabemos quem sofre esses efeitos com mais intensidade. São as mulheres, negras, ribeirinhas, quilombolas, de comunidades tradicionais, e as que vivem às margens dos grandes centros urbanos”. Ela reafirmou quatro princípios usados em ONU Mulheres para pensar políticas feministas de justiça climática: reconhecimento, redistribuição, representação e reparação.

Para 2025, a África do Sul assume a presidência do G20 e, também, a liderança do Grupo de Trabalho Empoderamento de Mulheres.