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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

“Há milhares de trabalhadoras domésticas sem emprego. Não temos perspectivas de reabrir os postos de trabalhos”, diz Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas



28.04.2021


 Em 2020, a ONU Mulheres Brasil aportou recursos na para a Fenatrad, colaborando para a resposta da organização no enfrentamento das crises sanitária e econômica causadas pela Covid-19 

 

O Brasil é o país com o maior número de trabalhadoras domésticas do mundo. No início de 2020, existiam aproximadamente 6 milhões de pessoas na categoria, sendo que este número diminuiu em quase 2 milhões, visto que muitas perderam seus postos de serviço por causa da pandemia COVID-19. Elas estão entre as categorias profissionais mais afetadas e impactadas com a crise sanitária, que acentuou as desigualdades e as más condições de trabalho no país. 

Em 2020, a ONU Mulheres Brasil aportou recursos para a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), colaborando para a resposta da entidade no enfrentamento das crises sanitária e econômica causadas pela pandemia Covid-19 com as perdas dos postos de serviços por essas profissionais, por meio de momentos formativos dos sindicatos e líderes de sindicatos. mais de uma década, a ONU Mulheres atua em parceria com a Fenatrad para fortalecer a defesa dos direitos trabalhistas da categoria e promover o diálogo com a sociedade sobre trabalho decente, a exemplo da Convenção 189 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

Em entrevista à ONU Mulheres, a presidenta da Fenatrad, Luiza Batista, afirma que a organização buscou apoiar as trabalhadoras domésticas que estavam desamparadas e desempregadas por conta da pandemia por meio de distribuição de cestas básicas. “ milhares de trabalhadoras domésticas sem emprego. Não temos perspectivas de reabrir os postos de trabalhos. Apoiar a trabalhadora doméstica ou qualquer pessoa que precise neste momento é considerado ajuda humanitária. A fome não espera. Se você não se alimenta, você não fica nutrida, adoece e fica com a imunidade baixa, mais vulnerável ao vírus. Neste momento, a ajuda urgente é com alimentos e, se possível, acompanhado com a abertura dos postos de trabalho”, ressaltou a presidenta da Fenatrad.

Desde 2016, Luiza Batista preside a Fenatrad, organização que representa uma das categorias profissionais mais numerosas no Brasil. Filha de mãe e pais agricultores, Luiza é natural da cidade de São Lourenço da Mata, antiga região Zona da Mata Norte, no estado de Pernambuco. Começou como trabalhadora doméstica aos nove anos de idade por necessidade financeira, após a família ser expulsa das terras onde moravam pelo proprietário, um dono de um engenho no município de Chã de Alegria (PE). Hoje, aos 64 anos de idade, ela é considerada uma liderança nacional para a categoria e uma referência na luta pelos direitos das profissionais domésticas. 

Geração Igualdade “Nossa relação com a Fenatrad, se insere no contexto do Fórum Geração Igualdade – um espaço para reflexão e discussão acerca das conquistas e desafios que ainda enfrentamos para a igualdade de gênero. Nesse sentido, a problemática das trabalhadoras domésticas está no âmbito da Ação de Coalização por Justiça Econômica e Direitos, dado que estas são prejudicadas de diversas maneiras por desigualdades no sistema econômico”, explicou a representante da ONU Mulheres Brasil,  Anastasia Divinskaya. 

A comunidade internacional, apoiadoras e apoiadores poderão colaborar com iniciativas para o fomento de debates e ações propositivas que promovam a construção de estratégias de curto, médio e longo prazo para abordar as vulnerabilidades enfrentadas por mulheres e meninas, em todo o mundo, buscando soluções para um mundo de igualdade. Nesse sentido, alia-se com a sociedade civil, principalmente, na parceria com a Fenatrad, e com autoridades locais,  para promover ações de desenvolvimento de capacidades das instituições e pessoas em educação econômica 

 

 

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