ABC e ONU Mulheres realizam curso para gestão baseada em resultados com a perspectiva de igualdade entre homens e mulheres

20.10.2022

Capacitação está sendo oferecida a funcionárias e funcionários da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a pontos focais de organismos internacionais parceiros e tem como objetivo sensibilizar equipes sobre as possibilidades de promover os direitos das mulheres por meio dos projetos e programas de cooperação Sul-Sul de maneira transversal

Curso teve a participação de 40 pessoas, de forma presencial e remota (Foto: Divulgação/ONU Mulheres)

Teve início nesta quinta-feira, 20/10, o primeiro módulo do curso “Gestão Baseada em Resultados na Perspectiva de Igualdade entre Homens e Mulheres”. Promovido pela ABC, em parceria com a ONU Mulheres, o curso é formado por dois módulos e oferecido a funcionárias e funcionários da ABC e alguns pontos focais nos organismos internacionais. O objetivo é discutir e sensibilizar as equipes para que a perspectiva da promoção da igualdade entre homens e mulheres seja incorporada em todos os projetos e programas desenvolvidos, desde a concepção até o encerramento, independentemente do recorte de atuação ou territorial.

A primeira parte do curso, ministrada no dia 20/10, contou com a participação de 40 pessoas que participaram de forma presencial e on-line. Puderam saber mais sobre a Teoria da Mudança, processos de monitoramento e avaliação por meio de indicadores, Escala de Eficácia de Resultados de Gênero (GRES), além de conceitos e reflexões sobre igualdade entre homens e mulheres e de que forma o tema deve estar presente em todas as etapas dos projetos. A segunda parte será realizada na primeira quinzena de novembro e, além de oferecer aprofundamento do conteúdo, terá exercícios práticos para aplicação do conhecimento adquirido.

O curso é oferecido por meio de programa firmado entre a ABC e a ONU Mulheres em 2018 que conta, entre seus objetivos, com a capacitação das equipes da ABC para elaborar, implementar e monitorar planos e ferramentas com vistas à promoção dos direitos das mulheres em ações internas e transversalização em projetos de cooperação Sul-Sul.

Segundo a analista de Cooperação Sul-Sul Trilateral com Organismos Internacionais da ABC e ponto focal para a parceria Brasil-ONU Mulheres na ABC, Mônica Salmito, “refletir internamente sobre a inclusão da perspectiva de igualdade entre homens e mulheres permite que a cooperação crie planos estratégicos de gestão que permitam a institucionalização da perspectiva de gênero, de forma transversal, nos programas e projetos, fomentando o caminho para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com os quais o governo brasileiro está engajado”.

Para a gerente do projeto na ONU Mulheres, Livia Salles, a sensibilização e a capacitação das equipes internas da ABC são o primeiro passo a fim de que a igualdade entre homens e mulheres seja uma realidade possível em iniciativas de cooperação Sul-Sul. “Fornecer ferramentas que garantam a igualdade de direitos e de oportunidades entre homens e mulheres é fundamental para um planeta mais justo e sustentável. O compromisso de construir essa igualdade deve ser incorporado de forma transversal, integrado a todos os processos, e os resultados alcançados serão potencializados. Por isso, é essencial tratarmos desse assunto com quem elabora, implementa, monitora e avalia cada uma dessas iniciativas”, ressalta.

Essa foi a terceira atividade realizada pela ABC em parceria com a ONU Mulheres dentro desse programa. A primeira foi o curso “Mulheres na liderança”, realizada em julho deste ano. A segunda foi a oficina “O lugar dos direitos das mulheres nas estratégias nacionais de desenvolvimento e na cooperação Sul-Sul”, promovida em agosto.

Sobre a parceria – Em 2018, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a ONU Mulheres assinaram um Programa de Parceria com o objetivo de integrar a perspectiva de igualdade entre homens e mulheres nos projetos de cooperação Sul-Sul liderados pelo Brasil. Dentro desse Programa, as organizações cooperantes iniciaram ações conjuntas, com dois resultados principais. O primeiro é a elaboração e implementação e monitoramento, por parte da ABC de planos e ferramentas para promoção dos direitos das mulheres em ações internas e para sua transversalização em projetos de cooperação Sul-Sul. O segundo é que o Brasil e países parceiros tenham capacidades institucionais e governamentais fortalecidas para implementação de normas e compromissos internacionais de direitos das mulheres.