Um ano após a chamada global à ação “Drive for Five” para que fosse cumprida a promessa de educação para meninas, ONU Mulheres, França e Irlanda co-organizaram dois diálogos globais intitulados "Evidência e experiência: Educação de Meninas Adolescentes no Fórum Geração Igualdade". Os diálogos aconteceram nos dias 11 e 16 de fevereiro, em parceria com a Global Partnership for Education, Malala Fund, Plan International France e UNESCO.
Ao longo desses dois diálogos, moderados por Jane Dorothy Anika e Zahra Al Hilaly, integrantes do Grupo de Trabalho de Jovens da Geração Igualdade, mais de 600 executores e executoras de políticas públicas, e jovens ativistas de 65 países se reuniram para destacar o papel da educação como um catalisador para a igualdade de gênero e como uma estratégia transversal para atingir os objetivos das Coalizões de Ação da Geração Igualdade.
A Embaixadora Geraldine Byrne Nason, Representante Permanente da Irlanda na Organização das Nações Unidas, e a Embaixadora Delphine O, Secretária-Geral do Fórum Geração Igualdade, abriram os diálogos destacando os impactos da COVID-19 na educação de meninas adolescentes, e pedindo um enfoque renovado na educação enquanto nos recuperamos da pandemia.
"Para cada menina afetada, isso é uma tragédia. Para o mundo em geral, é um grave risco e um grande revés para o nosso progresso em direção ao desenvolvimento sustentável e à igualdade de gênero" - Embaixadora Geraldine Byrne Nason, Representante Permanente da Irlanda na Organização das Nações Unidas.
A Diretora-Geral Adjunta de Educação da UNESCO, Stefania Giannini, apresentou o relatório conjunto lançado pelo Ministério da Europa e Relações Exteriores da França, Plan International France e UNESCO: “Pequim + 25: A Geração Igualdade começa com a educação de meninas adolescentes”.
Integrantes das seis estruturas de liderança das Coalizões de Ação compartilharam como a educação foi integrada nas seis Coalizões até agora. As jovens ativistas Chanceline Mevowanou, Adriana Uex, Selin Özünaldım, Racha Haffar, Fatu Sewanatu Mansaray e Joanita Babirye compartilharam suas recomendações para as Coalizões de Ação. Elas enfatizaram a necessidade de financiar espaços seguros onde as meninas possam obter educação dentro e fora da escola, aprender sobre seus direitos e reconhecer as desigualdades. Elas enfatizaram a necessidade de mais exemplos e liderança de meninas adolescentes em todas as etapas de formulação de políticas educacionais. Elas também destacaram a necessidade de envolvimento com lideranças comunitárias e de criar políticas e ambientes educacionais adaptados a todos os contextos culturais e que, em particular, promovam os direitos das meninas indígenas.
Especialistas em educação da Plan International France, UNESCO, UNICEF, PAMS, UNGEI e Malala Fund forneceram evidências sobre iniciativas que comprovadamente funcionam para enfrentar os desafios da educação de meninas adolescentes. O público também ouviu Gabriela Ramos, Diretora-Geral Adjunta de Ciências Sociais e Humanas da UNESCO, que pediu ambientes educacionais verdadeiramente transformadores em termos de gênero, que garantam que os estereótipos de gênero não sejam reproduzidos.
Concluindo os diálogos globais, Alice Albright, CEO da Global Partnership for Education, pediu um "salto em escala monumental , promovido por uma demonstração sem precedentes de vontade global para garantir que essa geração de meninas e meninos sejam colocados e colocadas no caminho em direção à igualdade."
As recomendações de jovens ativistas e especialistas serão captadas em um comunicado para jovens para a educação de adolescentes meninas. Essas recomendações serão comunicadas a todas as lideranças das Coalizões de Ação. Nadine Gasman, Presidente do Instituto Nacional da Mulher (México), pediu que essas recomendações sejam apresentadas no início do Fórum Geração Igualdade na Cidade do México (29 a 31 de março).