Com Ministra Carmen Lúcia e especialista internacional, ONU Mulheres convida para workshop sobre eleições e participação política de mulheres
23.09.2024
Com a chegada das eleições municipais no Brasil, ONU Mulheres se prepara para qualificar ainda mais o debate sobre a participação política de mulheres na América Latina. Esse é o objetivo do Workshop “Eleições 2024: Um recorte de gênero – Panorama Regional”. O evento foi desenhado para jornalistas e pessoas da sociedade civil interessadas em afinar sua análise de conjuntura regional, em preparação para a votação no Brasil.
A proposta do evento é trazer os dados mais recentes, as principais questões em pauta e provocações sobre como analisar o cenário político à luz dos processos eleitorais. Convidamos a Especialista Regional em Governança e Participação Política das Mulheres, Giulia Bortolotti, para uma apresentação. Do Panamá, ela vai apresentar dados sobre a paridade de gênero na América Latina, os desafios e avanços para uma democracia substantiva e outras informações produzidas por projetos de ONU Mulheres.
Reforçando a parceria entre ONU Mulheres e o Estado Brasileiro, a ministra Carmen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, também vai participar do evento. Ela traz uma contribuição institucional sobre os preparativos da corte para as eleições e sobre o recém-criado Grupo de Trabalho (GT) Observatório de Direitos Políticos Fundamentais da Mulher
Os últimos dados analisados por ONU Mulheres apontam que, no ritmo atual, a paridade de gênero nos legislativos nacionais não será alcançada antes de 2063.
2024 é um ano estratégico. Pelo menos 64 países realizam eleições nacionais. Isso significa que 1,8 bilhão de mulheres e meninas serão impactadas pelos resultados eleitorais de 2024 e cerca de 1,3 bilhão de eleitoras vão às urnas. No Brasil, mais de 155 mil mulheres concorrem a cargos públicos nas urnas, de acordo com dados do TSE. Dessas, 80.645 se autodeclaram negras.
Serviço:
Workshop “Eleições 2024: Um recorte de gênero – Panorama Regional”
Sexta-feira, 27 de setembro de 2024
10h às 11h30
Webinar online. Clique aqui para se inscrever
Cronograma do evento:
- Boas vindas
- Abertura: Ministra Carmen Lúcia, Tribunal Superior Eleitoral
- Discurso institucional – ONU Mulheres (Ana Carolina)
- Intervenção de especialista (Giulia Bortolotti)
- Debate e perguntas
- Encerramento
Perfil das Participantes
Carmen Lúcia é Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), tendo sido Presidente desta Corte e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 2016 a 2018. Exerceu também os cargos de Ministra e Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2008 a 2013. Em agosto de 2022, foi reconduzida ao cargo de Ministra efetiva do TSE e, em junho de 2024, tomou posse como Presidente desse Tribunal Eleitoral. É Professora Titular de Direito Constitucional na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Ana Carolina Querino lidera interinamente os trabalhos de ONU Mulheres no Brasil. É a Representante Adjunta da entidade no País. Cientista Política, possui mestrado em Ciências Sociais com ênfase em políticas comparadas pela Universidade de Brasília. Especializou-se em teoria democrática e suas relações com os meios de comunicação de massa e mecanismos de participação social. Entre 2000 e 2007, trabalhou como pesquisadora na área de previdência social no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. Possui experiência docente no curso de formação para diplomatas recém ingressos no Instituto Rio Branco e no curso de especialização em comunicação e políticas públicas do Instituto de Educação Superior de Brasília – IESB.
Giulia Bortolotti é Especialista Regional em Governança e Participação Política das Mulheres no Escritório Regional da ONU Mulheres para as Américas e o Caribe, responsável por projetos de capacitação e defesa dos direitos políticos das mulheres e pela erradicação de todas as formas de discriminação e violência de gênero no âmbito político e público desde 2017. Formada em Filosofia pela Universidade de Trento (Itália) e pela Universidade de Colônia (Alemanha), possui um mestrado em “Governança e Direitos Humanos” pela Universidade Autônoma de Madri. Anteriormente, atuou em áreas relacionadas à promoção da igualdade de gênero e dos direitos humanos das mulheres na Argentina e na Índia.