Sistema Fibra adere ao movimento ElesPorElas – HeForShe pela igualdade de gênero e pelo empoderamento das mulheres
05.04.2017
O Sistema Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) celebrou, na última sexta-feira (03/04), a adesão oficial ao movimento ElesPorElas HeForShe, em parceria com o Governo de Brasília.
Em 2016, o Governo de Brasília formalizou a adesão ao HeForShe, assumindo, entre outros, o compromisso de incentivar o setor privado a lançar iniciativas que reconheçam a ligação entre o crescimento econômico e a igualdade de gênero. Assim, o governo local, por meio da Governadoria e a da Secretaria Adjunta de Política para as Mulheres, Igualdade Racial, e Direitos Humanos, sensibilizou o Sistema Fibra que, de pronto, decidir se engajar ao movimento.
A adesão oficial ao HeForShe é possível após a ONU acolher as ações da Federação, a partir do entendimento de que as Casas que compõem o Sistema (Fibra, Sesi, Senai e IEL-DF) podem fazer muito pelos objetivos da campanha
“Acreditamos ser possível adotar ações efetivas junto ao segmento industrial brasiliense e entre as próprias entidades do Sistema Fibra, com vistas à sensibilização ao tema e, sobretudo, estimulando iniciativas que promovam o empoderamento econômico da mulher, buscando maior equalização no mercado de trabalho, o respeito e a promoção da igualdade de gêneros”, antecipa Jamal Bittar.
Entre as ações desenhadas para ser executadas no âmbito do movimento está a adesão do currículo escolar para igualdade de gênero nas escolas, desenvolvido pela ONU Mulheres em parceria com a UNESCO, na Rede Sesi e Senai de Educação. A proposta é conscientizar jovens e adolescentes matriculados no Ensino Médio sobre o tema.
Além disso, a Federação se compromete em revisar o Código de Ética da instituição, definindo diretrizes claras de conduta em que machismo e sexismo não são tolerados e serão fortemente repreendidos dentro das Casas do Sistema Fibra. Um levantamento feito pelo área de recursos humanos do Sistema revela que na instituição, atualmente, 58% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres. “Isso revela que o Sistema já faz sua parte, acreditando no indiscutível potencial da mulher”, comenta o presidente.
Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apesar de homens e mulheres terem grau de instrução parecidos no Brasil, o percentual de mulheres fora do mercado de trabalho é muito superior ao do sexo masculino. A pesquisa, divulgada em março do ano passado, aponta ainda que enquanto 61% das mulheres estão inseridas no mercado de trabalho, o percentual de homens sobe para 84%.
Joana Chagas, gerente de Programas da ONU Mulheres, falou sobre a importância da adesão da indústria ao movimento. “Nós enxergamos um grande potencial do Sistema FIBRA de se tornar um catalisador de mudança, liderando o trabalho de conscientização e ação na indústria. A nossa proposta é que o sistema FIBRA crie soluções criativas, dinâmicas e efetivas para transformar a cultura dentro e fora do local de trabalho. O SENAI, O SESI e o IEL tocam, ainda, na educação e na criação de oportunidades. Informação, conscientização e educação são as chaves para a transformação social e cultural”, disse.
Na oportunidade, o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, homenageou quatro empresárias e líderes sindicais de grande representatividade para a capital federal: Márcia Rollemberg, colaboradora do governo de Brasília; Maria da Loudes, empresária e presidente do Sindeletro; Clevane Ribeiro Pereira Valle, empresária e proprietária do Empório Orgânico Fazenda Malunga; Kátia Amorim, empresária e Conselheira da Bonasa Alimentos S.A e da CAESB (Companhia de Água e Esgoto de Brasília) e membro do Movimento Empresarial pela Inovação da CNI; Janete Vaz, sócia-fundadora do laboratório Sabin.