ONU promove diálogo entre governo brasileiro e mães de crianças com microcefalia
25.04.2016
Encontro contou com a participação de outras agências da ONU – OPAS/OMS, ONU Mulheres e UNFPA – e permitiu identificar necessidades específicas enfrentadas por mães, gestantes, famílias e profissionais de saúde no cuidado das crianças com a malformação congênita e outras síndromes possivelmente associadas ao zika
Do portal ONU BR
No Brasil, as agências da ONU e o governo estão mobilizando esforços para compreender e enfrentar os desafios enfrentados por mães, gestantes e cuidadores de crianças com microcefalia.
Na semana passada (18 e 19), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) realizou um encontro entre esse público, profissionais de saúde e representantes do Estado para discutir as necessidades específicas das famílias e seus filhos diagnosticados com a malformação congênita.
O evento promoveu rodas de diálogo em que mães e prestadores de serviços especializados puderam relatar suas experiências para funcionários do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde do estado de Pernambuco, e dos municípios de Recife e de Campina Grande, na Paraíba.
Também participaram representantes técnicos da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), da ONU Mulheres e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), além de organizações voltadas para a atenção integral a crianças e representantes de hospitais de referência no atendimento a casos de síndromes congênitas possivelmente associadas ao zika.
A conversa com famílias e profissionais de saúde permitiu identificar várias recomendações para aprimorar a qualidade dos serviços, o apoio psicossocial às mulheres, grávidas, mães e parentes de crianças com microcefalia. A continuidade do cuidado oferecido para mulheres e crianças no ambiente domiciliar também foi um dos temas debatidos.
Com o encontro – realizado em parceria com a Fundação Altino Ventura –, o UNICEF busca capacitar pessoas envolvidas com a atenção básica e específica a crianças que apresentam microcefalia ou outra malformação congênita. A estratégia também quer orientar os familiares desse público infantil.