ONU Mulheres participa, em Curitiba, da 4ª Conferência de Políticas para as Mulheres
15.09.2015
Cerca de 400 pessoas participaram do evento sob o lema “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”
Com informações da SPM e da Ascom/Prefeitura Curitiba
Organizada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e coordenada pela Secretaria Municipal da Mulher, a 4ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres foi aberta na noite de sexta-feira (11) e prosseguiu sábado (12). Com o tema “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”, a abertura contou com a presença da ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Eleonora Menicucci; do prefeito Gustavo Fruet; da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, além de representantes do Poder Judiciário e dos movimentos sociais e de mulheres. Cerca de 400 pessoas participaram do evento.
Segundo a ministra, a Mesa de abertura “simboliza os valores republicanos e solidários”, referindo-se à presença de representantes da prefeitura, do governo do Estado, do Judiciário, Ministério Público, ONU Mulheres, dos conselhos municipal e estadual da Mulher, de operadores de direito e dos movimentos sociais. Para Eleonora Menicucci o processo de conferência é um momento para “conferir se as políticas públicas estão sendo implementadas e se estão gerando impacto na vida das mulheres. O ‘conferir’ tem que estar na primeira linha do controle social. Não fazemos política sem a sociedade civil”, frisou.
Na mesma linha, o prefeito Gustavo Fruet ressalta que “não há democracia sem a participação popular e sem o envolvimento das instituições”, disse ao comentar a presença, na conferência, de representantes de vários setores da sociedade.
Três focos de mobilização foram ressaltados pela ministra: o processo das conferências de políticas para as mulheres, a Marcha das Margaridas e as Marcha das Mulheres Negras. Como resultado da Marcha das Margaridas deste ano, Eleonora Menicucci relatou que a presidenta Dilma Rousseff anunciou a criação da Patrulha Maria da Penha para a área rural e a formação de 10 mil promotoras legais populares para prevenção e enfrentamento da violência e de feminicídios nas áreas rurais.
Já a representante do escritório da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, citou como exemplo para o mundo a democracia representativa no Brasil, ressaltando o processo de conferências. Nadine destacou, ainda, “a importância de os debates fortalecerem as políticas, as instituições das mulheres como a SPM a nível municipal, estadual e federal e ter orçamentos para sua implementação”.
Casa da Mulher Brasileira – Antes da abertura da conferência, a ministra visitou as obras da Casa da Mulher Brasileira de Curitiba, “estou com o sapato lameado de direitos”, referindo-se ao local onde futuramente as mulheres encontrarão todos os serviços especializados no atendimento às mulheres em situação de violência.
A tolerância zero do governo federal com a violência contra as mulheres, a importância de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e a necessidade de uma reforma política visando acabar com a sub representação da mulher nos espaços de poder também forram abordados pela ministra.
Avaliação positiva dos resultados das conferências regionais, que precederam o encontro municipal, foi feita pela secretária da Mulher de Curitiba e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher: “O debate dessas conferências contemplou as dimensões de classe, gênero, etnia, raça, geração, orientação sexual e identidade de gênero, pessoas com deficiência e participação da mulher nos espaços de poder”.
A coordenadora da Política da Mulher da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social, Terezinha Ramos, afirma que está junto com a ministra no enfrentamento à violência contra a mulher, ” estamos juntas, construiremos juntas e desconstruiremos juntas o que não der certo”.
A vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e representante dos movimentos de mulheres, Elza Campos, elogia a presidenta Dilma Rousseff pela sanção da lei do feminicídio, “pois ela tem sensibilidade pela luta das Mulheres”.
A cerimônia teve início com uma apresentação musical da cantora Susi Monte Serrat, com canções e poemas que falam dos direitos das mulheres.
Presenças – Participaram da conferência a presidente da Fundação de Ação Social, Marcia Oleskovicz Fruet; os vereadores Paulo Salamuni, professora Josete e Julieta Reis; a desembargadora Lenice Bodstein, da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Paraná; Olympio de Sá Sotto Mayor, procurador de Justiça do Ministério Público do Paraná; a promotora de Justiça Mariana Seifert Bazzo, coordenadora do Núcleo de Promoção da Igualdade de Gênero do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos do Ministério Público do Paraná; a delegada Iara Laurek Dechiche, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher; Rafaela Marchiorato Lupion Mello, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Paraná; Sandra Lia Leda Bazzo Barwinski, presidente da Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil; Margaret Groff, diretora financeira executiva da Itaipu Binacional; e Maria Cristina Coutinho, vice-presidente da Associação Comercial do Paraná e coordenadora do Conselho da Mulher Executiva da Associação Comercial do Paraná.