ONU Mulheres faz ações digitais para prevenção à violência contra as mulheres no carnaval
21.02.2020
Mensagens incentivam o empoderamento das mulheres para circulação no espaço público, estimulam que todas e todos adotem atitudes preventivas de violência baseada em gênero e alertam homens para que não cometam atos de importunação e violência contra as mulheres
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A ONU Mulheres Brasil iniciou na quinta-feira (20/2) ações digitais para incentivar conversas públicas e a tomada de consciência sobre a prevenção da violência contra as mulheres no carnaval. As mobilizações estão concentradas em três perfis: ONU Mulheres, ElesPorElas – HeForShe e Cidade 50-50.
As mensagens incentivam o empoderamento das mulheres para circulação no espaço público, estimulam que todas e todos adotem atitudes preventivas de violência baseada em gênero e alertam homens para que não cometam atos de importunação e violência contra as mulheres. As ações digitais adaptam para a maior festa brasileira, o carnaval, a campanha Geração Igualdade, que defende a realização dos direitos das mulheres e meninas para um futuro de igualdade.
“O carnaval é parte da matriz cultural do povo brasileiro e um ótimo momento para falarmos sobre igualdade, no presente e no futuro, em que mulheres e homens têm os mesmos direitos como propõe a campanha Geração Igualdade. O carnaval é um momento de ocupação dos espaços públicos, e as mulheres têm o direito de circular livremente sem se sentir inseguras, ameaçadas ou agredidas por serem mulheres. A mudança de consciência e de atitude é um trabalho de todas e todos. O carnaval traz vivacidade e otimismo de que o mundo que as mulheres querem e precisam pode estar ao lado delas e, que cada ação no meio da multidão, pode fazer toda a diferença positiva na vida das mulheres e meninas”, considera a representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya.
Desde 2015, a ONU Mulheres faz campanhas, no período do carnaval, pelo fim da violência contra as mulheres. Segundo a pesquisa do Instituto Data Popular, de 2016, 61% dos homens abordados afirmaram que uma mulher solteira que vai pular carnaval não pode reclamar de ser cantada; 49% disseram que bloco de carnaval não é lugar para mulher “direita”; e 56% consideram que mulheres que usam aplicativos de relacionamento não querem nada sério. A pesquisa foi feita com 3,5 mil brasileiros com idade igual ou superior a 16 anos, em 146 municípios.
A embaixadora da ONU Mulheres Brasil, Camila Pitanga, e as defensoras dos Direitos das Mulheres Negras Kenia Maria e Taís Araújo e a defensora da Prevenção e Eliminação da Violência contra as Mulheres, Juliana Paes, são mobilizadoras nas redes sociais nos seus próprios perfis. O engajamento está concentrado nos Stories do Instagram.
Carnaval na Bahia – Pelo quarto ano consecutivo, a ONU Mulheres Brasil é parceira da campanha “Respeita As Mina” da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia. A campanha busca firmar a diferença entre a paquera saudável e o comportamento desrespeitoso, constrangedor, marcado, em geral, pelo assédio e pela importunação sexual. A ideia é estimular o respeito e um Carnaval sem violência de gênero.
Ações de sensibilização – A SPM-BA realizará ações de sensibilização com a distribuição de material informativo, em texto bilíngue, ventarolas e adesivos alusivos à campanha. As ações ocorrerão nos portais de entrada de foliões e foliãs, nos blocos, camarotes e pontos receptivos (Rodoviária, Terminal de São Joaquim, Porto e Aeroporto de Salvador), além de hotéis situados nas proximidades dos circuitos. Em todos esses locais serão distribuídos materiais informativos com orientações de como proceder em caso de violência, onde denunciar ou buscar ajuda.
A Unidade Móvel da SPM-BA ficará instalada na Avenida Adhemar de Barros, em Ondina, para orientações às mulheres em situação de violência e também sensibilização dos foliões e folionas. Além da UM, o Hospital da Mulher manterá atendimento 24 horas, por demanda espontânea, para os casos de violência sexual. O hospital conta com equipe especializada e toda a estrutura necessária para o acolhimento e atendimento profilático pós-exposição à DST/Aids.
A SPM-BA atuará em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) e toda a rede de atenção às mulheres (Defensoria Pública, Ministério Público, Ronda Maria da Penha, Tribunal de Justiça, Hospital da Mulher) a fim de garantir o acolhimento adequado e o atendimento mais rápido e humanitário às mulheres em situação de violência. Estão programadas visitas aos postos integrados das polícias civil e militar, localizados nos circuitos do Carnaval, às Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs) e outras instituições da rede.
Assessoria de Comunicação da ONU Mulheres Brasil
Isabel Clavelin – isabel.clavelin@unwomen.org
61 3038 9140 | 98175 6315
onumulheres.org.br