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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

No Mês das Mulheres, ONU Mulheres faz chamado a empresas pela igualdade de gênero e empoderamento econômico



07.03.2019


No Brasil, 198 empresas já aderiram aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU Mulheres e do Pacto Global. Modelo de parceria com setor empresarial no país é referência para aliança inédita entre ONU Mulheres, OIT e União Europeia no programa regional Ganha-Ganha: Igualdade de Gênero Significa Bons Negócios, desenvolvido na Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Jamaica e Uruguai

 

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Mercados, empresas, empreendimentos, associações, cooperativas e entidades produtivas são determinantes para a inclusão do enfoque de gênero no desenvolvimento sustentável

Empresas, lideranças empresariais e empreendedoras são agentes decisivas para a igualdade de gênero, trabalho decente e desenvolvimento sustentável. Essa é a constatação da ONU Mulheres Brasil com base nos Princípios de Empoderamento das Mulheres (Women’s Empowerment Principles – WEPs, na sigla em Inglês), que conta 198 adesões de empresas privadas e públicas no Brasil. O país é o 3º lugar no ranking internacional de 2.183. signatárias.

Instrumentos para diagnóstico, planos de trabalho para transformação da cultura organizacional, indicadores de progressos e intercâmbio de boas práticas de gênero em comunidades de negócios são algumas das medidas para eliminação de lacunas e assimetrias, provocadas pelo machismo, racismo e outras formas de opressão nas empresas. Entre eles, está a Ferramenta de Análise de Lacunas de Gênero dos WEPs – Dos princípios à prática, traduzida para o Português a partir do apoio de Embaixadas dos Países Nórdicos. Essa plataforma on-line é gratuita e confidencial. É utilizada por empresas para avaliar políticas, programas e práticas comerciais pela perspectiva de gênero e estabelecer planos de mudança com foco na equidade.

O modelo de parceria dos Princípios de Empoderamento das Mulheres no Brasil com o setor empresarial é referência para países latino-americanos e caribenhos. Originou, inclusive, estratégia de abordagem de empresas por meio do programa regional Ganha-Ganha: Igualdade de Gênero Significa Bons Negócios, desenvolvido pela ONU Mulheres, OIT e União Europeia na Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Jamaica e Uruguai. No Brasil, são algumas das principais investidas: aumento de empresas signatárias aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, intercâmbio entre empresárias e empreendedoras latino-americanas e europeias e fortalecimento de associações e cooperativas, a exemplo da cafeicultura.

“Mulheres do mundo inteiro se deparam com obstáculos para o acesso a direitos econômicos, trabalho decente e proteção social. O empoderamento econômico das mulheres é uma das estratégias capazes não somente de remover obstáculos, mas de criar as condições para que as mulheres possam desenvolver toda a sua potencialidade no mundo do trabalho com valorização dos seus talentos, direitos, oportunidades de ascensão, remuneração e benefícios adequados à sua capacidade produtiva”, diz Ana Carolina Querino, representante interina da ONU Mulheres no Brasil.

Mercados, empresas, empreendimentos, associações, cooperativas e entidades produtivas são determinantes para a inclusão do enfoque de gênero no desenvolvimento sustentável. “Não é possível levar essa agenda adiante sem o engajamento de grandes empresas no processo. As empresas têm o poder tanto de garantir oportunidades iguais no ambiente de trabalho como o de influenciar a cadeia de fornecedores e as comunidades com as quais se relacionam para que façam o mesmo”, complementa Querino. Exemplo disso são as compras sustentáveis.

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propõem transformações e metas, que demandam o engajamento do setor empresarial para novas práticas econômicas e empoderamento de mulheres. Para saber mais, acesse os objetivos globais ODS 5, ODS 8, ODS 9, ODS 10 e ODS 17.

Globalmente, a desigualdade de gênero no mercado de trabalho gera uma perda média de 15% nas economias dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No Brasil, a maior participação da mulher no mercado de trabalho e também uma maior projeção profissional aumentaria em 3,3% o PIB – seriam R$ 382 bilhões a mais na economia, conforme o Banco Mundial.