Nicole Kidman, embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres, sobreviventes e ativistas colocam foco em soluções para acabar com a violência de gênero
10.12.2018
Ato de arrecadação de fundos celebrado em Los Angeles para financiar o trabalho do Fundo Fiduciário da ONU para Eliminar a Violência contra as Mulheres, com as vozes da iniciativa #MeEscuteTambém em primeiro plano
Nicole Kidman é embaixadora global da ONU Mulheres
Foto: ONU Mulheres/Kyle Espeleta
Na comemoração do Dia dos Direitos Humanos e da campanha mundial 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, o Fundo Fiduciário da ONU para Eliminar a Violência contra as Mulheres (Fundo Fiduciário da ONU) promoveu um almoço, na cidade de Santa Mônica, Califórnia, para arrecadar recursos. Na cidade em que nasceu o movimento #MeToo (#EuTambém), o evento reuniu uma grande quantidade de sobreviventes da violência de gênero, ativistas, especialistas em questões de gênero, funcionárias e funcionários das Nações Unidas e personalidades famosas de Hollywood.
Organizado pela diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, e a embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres Nicole Kidman, o ato celebrou as iniciativas revolucionárias que tiveram o apoio do Fundo Fiduciário da ONU em todo o mundo ao longo de 22 anos e destacou o trabalho que ainda está pendente para acabar com essa violação dos direitos humanos que afeta uma a cada três mulheres em todo o planeta. O Fundo Fiduciário da ONU é o único mecanismo mundial de concessão de recursos dedicado a erradicar todas as formas de violência contra as mulheres e meninas. A gestão do fundo está a cargo da ONU Mulheres em nome do Sistema das Nações Unidas.
O ato celebrado hoje (10/12) foi a última atividade da campanha de mobilização com escala global: os 16 Dias de Ativismo. O tema escolhido pelas Nações Unidas para o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres (25 de Novembro) e os 16 Dias de Ativismo foi “Pinte o mundo de laranja: #MeEscuteTambém”. Por meio deste tema, foram amplificadas as vozes de mulheres e meninas em todo o mundo que sobreviveram a violência e lutam para defender os direitos das mulheres, a maior parte delas de forma anônima e distantes da mídia.
“Estamos testemunhando o poder de uma irmandade global para acabar com a normalização da violência contra as mulheres e meninas, (uma irmandade) que está dizendo aos agressores: ‘o tempo acabou’”, disse a chefe da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, também presente no evento.
No mundo, uma em cada três mulheres é vítima de violência e abuso. “Temos de continuar amplificando as vozes de todas as sobreviventes e ativistas, especialmente as que são tipicamente marginalizadas ou cujas vozes foram silenciadas, e nos unir em uma solidariedade global pela mudança”, completou a dirigente, ecoando as palavras de Nicole.
O Dia dos Direitos Humanos marca o encerramento da campanha da ONU 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que se inicia tradicionalmente no 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher .
Neste ano, a mobilização lançou o apelo #HearMeToo (#MeEscuteTambém), um chamado em prol da escuta e da valorização no debate público das vozes de sobreviventes de violência de gênero.
Por meio de eventos em todo o planeta, como shows no Chile, Colômbia e Bangladesh, instalações e intervenções urbanas no Afeganistão e em estações de transporte público em El Salvador, Vanuatu e Filipinas, cidadãos mostraram solidariedade com as sobreviventes e ativistas.