Na Rio 2016, ONU Mulheres entra no revezamento da tocha olímpica pelos direitos de mulheres e meninas

05.08.2016

Príncipe Albert, Phumzile Mlambo-Ngcuka, Thiago Silva, Thomas Bach, Ban Ki-moon, Thaiza e Helô Pinheiro formam elos no último dia da passagem da chama olímpica nos Jogos Olímpicos Rio 2016

Universos aproximados pela igualdade de gênero e pelo empoderamento de mulheres e meninas no mundo. Mulheres, homens e jovens revezaram a tocha olímpica na manhã desta sexta-feira (5/8), horas antes da abertura oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Das mãos do príncipe Albert, de Mônaco, a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, percorreu cerca de 200 metros, afirmando os direitos humanos de mulheres e meninas.

Saudada por populares, a diretora destacou que “as Olimpíadas melhoraram muito em termos de participação das mulheres em todos os esportes. Atualmente, o número de atletas mulheres é de quase 50%. Mas ainda podemos melhorar em termos de (mulheres na) administração tanto no nível nacional como internacional”, disse em entrevista para o portal ONU Brasil.

No Jardim Botânico, Phumzile passou a tocha para Thiago Firmino, empreendedor e morador do Morro Santa Marta.

Outro ponto alto do revezamento foi a troca da chama olímpica entre o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e Thaiza Vitória da Silva, 15 anos, jogadora de handebol do programa Uma Vitória Leva à Outra, da ONU Mulheres e do COI.

Uma sequência que expressa o valor do esporte para meninas. Por sua vez, Thaiza repassou o símbolo olímpico para Helô Pinheiro, Garota de Ipanema, na avenida beira-mar. “Foi uma experiência muito boa. Estou muito feliz. Amei muito representar a todas do projeto. E vamos torcer pelo Brasil nas Olimpíadas”, disse Thaiza.

Uma Vitória Leva à Outra – Trata-se de programa conjunto entre ONU Mulheres e o Comitê Olímpico Internacional que tem como objetivo criar espaços seguros para que meninas de 10 a 18 anos possam praticar esportes, se conhecer melhor e adquirir habilidades para a vida.
Atualmente, o programa acontece no município do Rio de Janeiro e pretende beneficiar 2.500 meninas. A intenção é que o programa seja expandido para outras cidades e estados brasileiros a partir do segundo semestre de 2016.

No Rio de Janeiro, o programa conta ainda com a parceria das ONGs Women Win, Instituto Bola Pra Frente e Instituto Agenda. E tem o apoio local da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer; Secretaria Municipal de Educação; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

Mulheres no Esporte – As mulheres no esporte desafiam estereótipos de gênero, se tornam inspiração e mostram que homens e mulheres são iguais. Elas estão mais visíveis que nunca no esporte. De um total de 977 atletas, apenas 22 mulheres competiram, pela primeira vez, nos Jogos de Paris em 1900.

As Olimpíadas de Londres, em 2012, foram os primeiros jogos em que mulheres competiram em todas as modalidades. Na Rio 2016, cerca de 4.700 mulheres – 45% de todos os atletas – representarão seus respectivos países em 306 eventos.