Especialistas da ONU pedem que México proteja defensora dos direitos humanos Mariclaire Acosta
16.06.2016
Da ONU Brasil
Um órgão consultivo da ONU expressou no fim de maio (30) preocupação com uma série de ataques verbais e ameaças contra um de seus membros, a proeminente defensora dos direitos humanos mexicana Mariclaire Acosta, que tem sido alvo frequente de campanha difamatória da mídia mexicana, com declarações que implicitamente incentivam violência contra ela.
Ataques contra a ativista ocorreram no contexto de uma campanha mais ampla contra defensores dos direitos humanos no país, que ocorre desde o desaparecimento de 43 alunos no estado de Guerrero, em setembro de 2014.
Um órgão consultivo da ONU expressou no fim de maio (30) preocupação com uma série de ataques verbais e ameaças contra um de seus membros, a proeminente defensora dos direitos humanos mexicana Mariclaire Acosta, que tem sido alvo frequente de campanha difamatória da mídia mexicana, com declarações que implicitamente incentivam violência contra ela.
A ativista é uma defensora de longa data dos direitos humanos no México e, atualmente, é membro de um órgão consultivo de direitos humanos da ONU nomeado pelo secretário-geral Ban Ki-moon para fornecer conselhos sobre o reforço da assistência aos Estados para a promoção e proteção efetiva dos direitos humanos nos países.
Ela foi nomeada em 2013 como um dos cinco especialistas globais de direitos humanos para o conselho de curadores do Fundo Voluntário das Nações Unidas para a Cooperação Técnica no Campo dos Direitos Humanos e do Fundo Voluntário para Assistência Técnica e Financeira para a Implementação da Revisão Periódica Universal.
O serviço pro bono dos especialistas mundiais neste órgão da ONU tem sido altamente reconhecido pela comunidade internacional.
“Acosta é uma defensora proeminente, com uma reputação global de integridade, profissionalismo e comprometimento. Se ela é submetida a tais ataques e ameaças ultrajantes, defensores menos proeminentes de direitos humanos devem viver em constante medo por suas vidas”, disse Lin Lim, presidente do conselho, em nome dos cinco membros do grupo.
“O governo do México deve assegurar a proteção e suporte para Mariclaire e todos os defensores dos direitos humanos, e lhes proporcionar espaço e condições para trabalhar em segurança, em conformidade com as obrigações internacionais do Estado.”
“O governo do México deve garantir a proteção adequada a defensores dos direitos humanos que enfrentam ameaças de violência física, ataques à sua integridade e outras tentativas de intimidação. Isso inclui estudantes, agricultores, comunidades indígenas, defensores dos direitos dos trabalhadores e outros”, disse Lim.
Lin Lim destacou que os ataques contra a ativista ocorreram no contexto de uma campanha mais ampla contra defensores dos direitos humanos no país, que ocorre desde o desaparecimento de 43 alunos no estado de Guerrero, em setembro de 2014.