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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Empresas brasileiras afirmam compromisso com a igualdade de gênero em encontro global sobre empoderamento econômico no Chile



27.02.2018


Delegação brasileira é composta pela Schneider Eletric, Banco do Brasil, O Boticário, PWC, Petrobras Distribuidora, Home Care, ONU Mulheres Brasil e PNUD Brasil

 

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Parte da delegação brasileira no fórum de empresas pela igualdade de gênero
Foto: ONU Mulheres/Raquel Coello

Schneider Eletric, Banco do Brasil, O Boticário e PWC são as empresas brasileiras signatárias dos Princípios de Empoderamento das Mulheres que apresentam práticas e resultados pela igualdade de gênero no setor privado durante o IV Fórum Global de Empresas pela Igualdade de Gênero, que acontece até amanhã (28/2), no Chile. O encontro é promovido pelo governo chileno e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a ONU Mulheres.

Além das empresas, a delegação brasileira é formada pela representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman; a gerente de Programas da ONU Mulheres, Ana Carolina Querino; a gerente dos Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU Mulheres, Adriana Carvalho; a oficial de Gênero e Raça do PNUD Brasil, Ismália Afonso; a fundadora da Home Care, Sueli Kaiser; e pela coordenadora de Programa de Equidade de Gênero e Raça da Gerência de Responsabilidade Social da Petrobras Distribuidora Janaína Nolasco Gama.

Gestão para mudanças estruturais – O fórum foi inaugurado pela presidenta do Chile, Michelle Bachelet, e autoridades do Sistema das Nações Unidas. Um dos pontos defendidos pela chefa do Estado chileno foi a corresponsabilidade entre homens e mulheres, acentuando que as “mulheres continuam a dedicar 2,6 vezes mais tempo ao trabalho doméstico e de cuidados não remunerados do que os homens”.

Bachelet compartilhou a iniciativa de paridade de gênero adotada em seu país, classificando-a como “uma aliança público-privada que busca, até 2020, aumentar a participação laboral das mulheres, visibilizar a reduzir as lacunas salariais de gênero e diminuir as barreiras para a ascensão das mulheres”. Ao lado da presidenta chilena, Maria Noel Vaeza, diretora da Divisão de Programas da ONU Mulheres, defendeu cotas para acelerar as mudanças em favor da equidade entre homens e mulheres nas empresas. O Chile tem cota de 40% na liderança de mulheres em empresas estatais.

George Molina, economista chefe do escritório regional do PNUD para América Latina e Caribe, ponderou que mesmo num cenário futuro de crescimento econômico, a segregação ocupacional segue como problema e demanda ações para enfrentar as desigualdades que não serão solucionadas sozinhas.

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Maria Noel Vaeza, diretora da Divisão de Programas da ONU Mulheres, participou da abertura do IV Fórum Global de Empresas pela Igualdade de Gênero, que teve a presença da presidenta do Chile, Michelle Bachelet
Foto: ONU Mulheres/Ana Carolina Querino


Empresas brasileiras
– Para Luiza Carvalho, diretora da ONU Mulheres para Américas e Caribe, “o Fórum mostra o compromisso das empresas da região de enfrentar as desigualdades de gênero com foco no desenvolvimento sustentável. Essa é uma aliança importante para promover o trabalho decente e o crescimento inclusivo na América Latina e no Caribe em colaboração direta com a Agenda 2030 de
Desenvolvimento Sustentável”.

Quatro das 157 empresas com adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres no Brasil – iniciativa da ONU Mulheres e do Pacto Global para a igualdade de gênero no setor privado –, participam de sessões debates sobre as ações voltadas à promoção da igualdade de gênero no mundo do trabalho.

Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil, ressalta a participação de peso das empresas brasileiras. “As empresas brasileiras estão atentas para as mudanças na economia e afirmam o seu compromisso em tirar as mulheres das margens para o centro da sua atuação. Trazem bons exemplos aqui para o fórum e ampliam a rede do setor privado comprometida com os direitos humanos das mulheres e o alcance da igualdade de gênero”.

Pelo Brasil, Tânia Cosentino, presidenta da Schneider Electric para América Latina, participou no início da tarde de painel sobre diferenças salariais, com Nieves Rico, líder da Divisão de Gênero da Cepal; Ángela Rifo, vice-presidenta de Relações Internacionais da Associação de Empregados Fiscais do Chile; e Keketso Maema, diretora executiva da Comissão para a Igualdade de Gênero da África, com moderação de Bernarda Carillo, subsecretária do Ministério da Mulher da República do Chile.

 

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Tânia Consentino (segunda da direito à esquerda), da Schneider Eletric, defende paridade de gênero na indústria energética
Foto: ONU Mulheres/Adriana Carvalho

Em apoio ao mandato da ONU Mulheres e contando com a assessoria ténica da entidade, a Schneider Eletric demonstrou o seu compromisso com a paridade de gênero. Tânia Cosentino frisou que a indústria energética tem 20% de mulheres no segmento que a diferença salarial é de 31% nesse segmento. “Diversidade é um bom negócio, é bom para as economias e empresas ter um quadro 50-50. Como faz para solucionar isso? Conscientização, compromisso e metas na alta liderança”, afirmou.

A Schneider Eletric aderiu ao movimento ElesPorElas – HeForShe e assumiu o compromisso de trabalhar para o alcance de 30% de mulheres na alta liderança e a eliminação as diferenças salariais. “A igualdade é uma questão econômica e de sobrevivência das empresas, tem que estar na agenda do ou da número 1 das empresas por meio de indicadores e metas de transformação em favor do empoderamento das mulheres”, ressaltou Tânia Cosentino.

Ainda no primeiro dia de fórum, Renato Amendôla, coordenador de Diversidade de O Boticário representou as empresas brasileiras em painel sobre balanço entre vida profissional e familiar. Ele apresentou dados da pesquisa Precisamos falar com os homens? Uma jornada pela igualdade de gênero, realizada em parceria com a ONU Mulheres Brasil.

Programação – No segundo dia de fórum, a diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe, Luiza Carvalho, fará apresentação sobre a estratégia de empoderamento econômico das mulheres na região. Dentre as empresas brasileiras, a PWC participará de sessão sobre gestão de diversidade, a qual contará com a apresentação da Fundação Avon Argentina. E o Banco do Brasil participará de sessão sobre soluções para eliminar as diferenças salariais.