Em todo o mundo, as mulheres ganham menos que os homens, afirma ONU Mulheres
05.03.2017
O mercado de trabalho está mudando em grande velocidade devido à inovação e ao aumento da mobilidade e da informalidade. Mas a mudança tem que ser mais rápida no que diz respeito a capacitar as mulheres que, por meio do seu trabalho, têm gerado muitos dos ganhos globais das últimas décadas. Em sua maioria, as mulheres continuam em trabalhos menos lucrativos e que não permitem desfrutar dos benefícios. Elas ganham menos que os homens e, ainda, sustentam o enorme peso – fundamental em termos econômicos – que representam o trabalho de cuidado não remunerado e trabalho doméstico.
Alcançar o empoderamento econômico das mulheres requer uma mudança para dividir a prosperidade de forma equitativa, sem deixar ninguém para trás. A comunidade internacional assumiu esse compromisso na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Todas as mulheres deveriam poder desfrutar o seu direito a um emprego decente. Como defensora mundial a favor da igualdade de gênero e do empoderamento das mulheres, a pergunta que se faz à ONU Mulheres é: como conseguir?
IGUALDADE DE REMUNERAÇÃO PARA AS MULHERES
Não importa o lugar em que trabalhem nem a que se dediquem. Em todo o mundo, as mulheres ganham menos que os homens para realizar o mesmo trabalho.
Por que continua existindo a desigualdade salarial por razão de gênero? Em muitos países, as disparidades na educação começaram a reduzir. Mas, somente isso não basta para erradicar a discriminação por razão de gênero no mundo do trabalho. Porque exclui as mulheres de determinados trabalhos e relega a outros, os com pior remuneração.
Encontrar um equilíbrio entre o trabalho remunerado e as responsabilidades familiares esbarra em muitas restrições. Os horários de trabalho são rígidos e uma das licenças parentais limitadas são alguns dos fatores que obrigam as mulheres a trabalhar em tempo parcial ou, inclusive, a abandonar o mercado de trabalho durante longos períodos.
Que podemos fazer? Exigir que se promulguem e apliquem leis e regulamentos que respaldem o princípio de igualdade de remuneração por trabalho de igual valor. Certificar-se de que as empresas fazem a sua parte para acabar com a desigualdade salarial entre mulheres e homens.