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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Em Roraima, Empoderando Refugiadas aproxima o setor privado da situação migratória no Brasil



02.09.2024


A visita tem como objetivo reforçar a importância da participação das empresas para a recolocação das pessoas refugiadas e migrantes no país

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Durante três dias, a comitiva conheceu diferentes espaços mantidos pela Operação Acolhida. Foto: ONU Mulheres/Lali Mareco

No extremo Norte do Brasil, diariamente, dezenas de pessoas atravessam a fronteira terrestre da Venezuela para o Brasil. Há seis anos, o Governo Federal, em parceria com organismos internacionais e organizações da sociedade civil, atua de forma organizada para assistir as demandas e necessidades dessa população por meio da Operação Acolhida. Foi com o objetivo de apresentar o funcionamento dessa estrutura e sua importância, que representantes de cinco empresas privadas foram convidados pelo projeto Empoderando Refugiadas para visitarem as cidades de Boa Vista e Pacaraima, no estado de Roraima, entre os dias 19 e 21 de agosto, em missão conjunta com as instituições organizadoras do projeto.

Focado na capacitação e na empregabilidade de mulheres refugiadas, solicitantes de refúgio e migrantes que vivem no Brasil, o Empoderando Refugiadas é uma iniciativa que desde 2015 é liderada pelo Pacto Global, pela ONU Mulheres e pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Este é o segundo ano que o projeto convida representantes do setor privado a se aproximarem das atividades realizadas pela Operação Acolhida em Roraima.

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Na visita deste ano, o grupo contou com representantes de cinco empresas de áreas como direito, moda, indústria, comércio e saúde. Foto: ONU Mulheres/Lali Mareco

Na edição deste ano, a visita reuniu profissionais do Instituto Renner, Lojas Renner, Instituto C&A, C&A, Hospital Albert Einstein, Solar Coca-Cola, Miguel Neto Advogados e Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Durante três dias, os participantes visitaram centros de coordenação de interiorização e centros educativos, abrigos e o posto de fronteira, além participarem de um encontro entre empresas, organizações da sociedade civil e pessoas beneficiárias e conhecerem as mulheres que integram a atual turma de capacitação do Empoderando Refugiadas.

Para Priscila Surita, superintendente de sustentabilidade do Hospital Albert Einstein, a força do trabalho conjunto é um dos principais pontos que chamam a atenção na Operação Acolhida. “Ver o resultado da atuação dessas várias agências integradas, em sinergia por um bem maior é impressionante. Ver isso acontecendo na prática, para mim se torna um modelo a ser replicado. Eu saio dessa visita pensando no que podemos contribuir com o que vimos aqui, para fortalecer esse trabalho e essa atuação”, diz.

“Agora vamos seguir as conversas bilaterais com todas essas empresas para que possamos apoiá-las nesse movimento pós-

visita, para que todas as ideias que surjam possam ser implementadas da melhor forma, visando alcançar eixos estratégicos para o projeto que são: mobilização e integração, contratação local, interiorização e monitoramento”, afirma Yana Lima, coordenadora do Empoderando Refugiadas.

Panorama – Desde o início do projeto, o Empoderando Refugiadas já capacitou para o aprimoramento de habilidades profissionais e competências socioemocionais, 546 mulheres em suas turmas. O projeto contribuiu para a contratação de 353 pessoas refugiadas ou migrantes, sendo 254 delas mulheres participantes de alguma turma do Empoderando Refugiadas. Em sua 9ª edição, este ano o projeto incorporou pela primeira vez a perspectiva de formação em participação social e política dentro das turmas, com o objetivo de aproximar as participantes dos processos de tomada de decisão sobre o tema, para que suas necessidades e prioridades sejam ouvidas. Mais de 40 mulheres participaram da rodada piloto de implementação das oficinas.