Em campanha nas redes sociais, ONU Mulheres homenageia ativistas brasileiras e bandeiras dos movimentos sociais que transformam a vida das mulheres rurais e urbanas
08.03.2018
Ação se estende durante todo o mês de março. A exemplo de 2017, a ONU Mulheres faz o reconhecimento da liderança e do protagonismo do movimento de mulheres e feminista brasileiro no Dia Internacional das Mulheres
Ativistas brasileiras e as suas principais bandeiras de atuação política estão na campanha #OTempoÉAgora que a ONU Mulheres está desenvolvendo nas redes sociais ao longo do mês de março. A campanha se iniciou na terça-feira (6/3) com a postagem de teaser no Stories do Instagram da embaixadora Camila Pitanga e das defensoras Juliana Paes, Kenia Maria e Taís Araújo, com a mensagem “Nosso 8 de Março já começou”, recuperando as principais imagens de mobilizações políticas de brasileiras, latino-americanas e mulheres mundo afora. A estratégia é criação probono da Propeg e contém vídeo e cards para as redes sociais.
No Dia Internacional da Mulher, a campanha passou a expor as principais áreas do ativismo, com destaque para reinvidicações feministas, e o reconhecimento de brasileiras que têm atuado para o empoderamento das mulheres, fazendo a conexão com a mensagem global da ONU Mulheres: #OTempoÉAgora – ativistas rurais e urbanas transformam a vida das mulheres.
“O tempo é agora tem conexão com a urgência de transformações evocada pela Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável ao trazer a urgência de que agora é o mometno de fazer mudanças estratégias, investir e articular transformações políticas estruturais para a inclusão das mulheres e a garantia dos seus direitos humanos”, explica Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres.
Em 2018, são homenageadas: as integrantes do Grupo Assessor da Sociedade Civil Brasil da ONU Mulheres Jaqueline Gonçalves, Tsitsina Xavante, Juliana Faria, Zeca Nunes, Erika Zoeller, Flávia Biroli, Monique Prada, Michele Seixas, Larissa Coutinho, Shirley Villela, Mônica Oliveira, Helena Bonumá e Daiany Saldanha; as demais ativistas Sueli Carneiro, Jurema Werneck, Valdecir Nascimento, Wânia Santanna, Cida Bento, Olívia Santana, Maria da Penha Maia Fernandes, Carmem Foro, Eleonora Menicucci, Jacqueline Pitanguy, Nilcea Freire, Jacira Melo, Denise Dora, Jout Jout, e a secretária de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes.
A exemplo do ano passado, a ONU Mulheres faz o reconhecimento da liderança e do protagonismo do movimento de mulheres e feminista brasileiro no Dia Internacional das Mulheres. “Esta é uma das datas fundamentais para reconhecermos quem está à frente da luta. São gerações de mulheres aguerridas que têm levado o país e o mundo para frente. O 8 de março é um momento para visibilizar quem faz o movimento feminista e de mulheres todos os dias do ano”, completa Nadine Gasman.
Tema global – O tema da ONU Mulheres para o Dia Internacional da Mulher, o 8 de março, é “O tempo é agora: ativistas rurais e urbanas transformam a vida das mulheres”. Neste ano, o Dia Internacional da Mulher se soma ao movimento mundial sem precedentes por direitos, igualdade e justiça das mulheres. O assédio sexual, a violência e a discriminação contra as mulheres capturaram as atenções e o discurso público, com uma crescente determinação em favor da mudança.
Pessoas de todo o mundo estão se mobilizando para conseguir um futuro que seja mais igualitário. Esta ação tem se manifestado na forma de marchas e campanhas mundiais, incluindo o movimento #MeToo, nos Estados Unidos da América e seus reflexos em outros países, como protesto contra o assédio sexual e a violência, por exemplo: #EuTambém, no México, Espanha e América Latina e outros lugares; #QuellaVoltaChe, na Itália; #BalanceTonPorc, na França; e #Ana_kaman, nos Estados Árabes; “Ni Una Menos”, uma campanha contra o feminicídio que surgiu na Argentina; e tantas outras iniciativas, abordando questões que incluem desde igualdade salarial até a representação política das mulheres.
O Dia Internacional da Mulher 2018 é uma oportunidade para se transformar esse impulso em medidas para empoderar as mulheres de todos os lugares, rurais e urbanos, e reconhecer as pessoas ativistas que trabalham sem descanso para reivindicar os direitos das mulheres e conseguir que se desenvolvam no seu potencial pleno.
Em sintonia com o tema prioritário do próximo 62º período de sessões da Comissão sobre a Situação das Mulheres, o Dia Internacional da Mulher também presta atenção aos direitos e ao ativismo das mulheres rurais, que constituem mais de 25% da população mundial e a maioria de 43% das mulheres da força de trabalho agrícola mundial.
Para materializar a promessa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de não deixar ninguém para trás, é preciso atuar com urgência nas áreas rurais para garantir um nível de vida adequado, uma vida sem violência e nem práticas nocivas para as mulheres rurais, assim como o seu acesso à terra e aos bens produtivos, a segurança alimentar e nutrição, o trabalho decente, a educação e a saúde, incluindo a saúde sexual e reprodutiva e seus direitos conexos.