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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Documentário ‘Meu Nome é Jacque’ é exibido na Casa da ONU, em Brasília



02.05.2016


Lançado em abril no Rio de Janeiro, o filme retrata a trajetória de Jacqueline Côrtes, mulher transexual e soropositiva que também já atuou como funcionária no Brasil do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS)

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Documentário ‘Meu Nome é Jacque’ é exibido na Casa da ONU, em Brasília/

Jacqueline Côrtes entre a representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman (à esquerda) e Georgiana Braga, diretora do UNAIDS
Foto: UNAIDS

Do portal da ONU Brasil

O documentário “Meu Nome é Jacque” foi exibido na segunda-feira (25/4) na Casa da ONU em Brasília para funcionários das Nações Unidas e convidados.

Lançado em abril no Rio de Janeiro, o filme retrata a trajetória de Jacqueline Côrtes, mulher transexual e soropositiva que também já atuou como funcionária no Brasil do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).

“Estou muito orgulhoso de te ver contando sua história para todo o mundo (…). Você é uma verdadeira defensora dos direitos humanos e dos direitos daqueles que têm sido deixados para trás”, escreveu o diretor-executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, em carta entregue a ela pela diretora do UNAIDS no Brasil, Georgiana Braga-Orillard.

“Parabéns pelo reconhecimento e pelo lindo documentário (…) Você encarna o tipo de pessoa corajosa que todos nós nos esforçamos para ser”, conclui Sidibé em outro trecho.

“Ser trans no Brasil é mais do que a busca pelo reconhecimento de sua identidade de gênero. É a busca pela sobrevivência, pela vida digna, pelo pleno usufruto da cidadania. A empatia é um dos primeiros passos para permitir que essa transformação seja possível”, disse Niky Fabiancic, coordenador residente do sistema ONU no Brasil. “E por isso, precisamos de pessoas que possam nos contar suas histórias, que possam nos inspirar com relatos de bravura e superação.”

Durante sua carreira, Jacque — como é conhecida pelos mais próximos — já foi, entre outras coisas, professora de inglês, ativista de ONG e funcionária do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais (DDAHV) do Ministério da Saúde e do escritório do UNAIDS no Brasil. Hoje, aos 56 anos, ela fala com orgulho do exercício da maternidade.

“Agora que sou mãe, minha meta é ser avó. Ainda vou ser avó”, disse Jacque minutos antes da exibição do filme, arrancando sorrisos da plateia ao falar da adoção dos filhos, Gilson e Luara, ao lado do marido Vitor.

O filme de Angela Zoé, que teve apoio institucional de UNAIDS, ONU Mulheres e DDAHV, retrata o longo caminho percorrido por Jacque rumo à sua identificação como mulher transexual e à descoberta, em 1994, de que vivia com HIV.

“A partir do momento que uma pessoa como você, vivendo com AIDS, com a transexualidade, está no governo, em uma área de cooperação internacional, só a sua presença em uma reunião, por exemplo, já é uma quebra de paradigma”, conta Jacque em um trecho do documentário.

Em entrevista ao UNAIDS Brasil, Jacque conta como foi reviver os principais momentos de sua trajetória durante a elaboração do documentário.