Assédio no trabalho vulnerabiliza direitos das mulheres, aponta ONU Mulheres
06.03.2017
O mercado de trabalho está mudando em grande velocidade devido à inovação e ao aumento da mobilidade e da informalidade. Mas a mudança tem que ser mais rápida no que diz respeito a capacitar as mulheres que, por meio do seu trabalho, têm gerado muitos dos ganhos globais das últimas décadas. Em sua maioria, as mulheres continuam em trabalhos menos lucrativos e que não permitem desfrutar dos benefícios. Elas ganham menos que os homens e, ainda, sustentam o enorme peso – fundamental em termos econômicos – que representam o trabalho de cuidado não remunerado e trabalho doméstico.
Alcançar o empoderamento econômico das mulheres requer uma mudança para dividir a prosperidade de forma equitativa, sem deixar ninguém para trás. A comunidade internacional assumiu esse compromisso na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Todas as mulheres deveriam poder desfrutar o seu direito a um emprego decente. Como defensora mundial a favor da igualdade de gênero e do empoderamento das mulheres, a pergunta que se faz à ONU Mulheres é: como conseguir?
ACABAR COM O ASSÉDIO NO TRABALHO
A violência contra as mulheres vulnerabiliza os seus direitos. O lugar de trabalho tem um custo elevado.
Independemente da idade, dos salários e o tipo de emprego, ir trabalhar implica para todas as mulheres um risco de sofrer violência e assédio. Alguns chefes concedem ascensçao somente em troca de favores sexuais. Um táxi pode ser uma fonte de renda ou um risco de violação.
As consequências são múltiplas. Os danos ocasionados na saúde física e mental podem se traduzir descumprimento das obrigações no trabalho, salários mais baixos e demissões. Isso provável que as mulheres se sintam injustamente oprimidas de escolher um trabalho e circular livremente.
O que podemos fazer? Promulgar e aplica leis e políticas que penalizem todas as formas de assédio e violência de gênero n no local de trabalho. Trabalhar junto com sindicatos, empresas e pessoas que defendam as trabalhadoras e trabalhadores informais para que todas as mulheres conheçam os seus direitos e possam exigir reparação pelas violações dos direitos.