Unilever, Renault e Home Care Cene Hospitallar são ouro do Prêmio WEPs Brasil
31.03.2016
A Unilever Brasil e a Renault do Brasil dividiram o ouro na categoria de grande porte do Prêmio WEPs Brasil 2016 – Empresas Empoderando Mulheres. Na categoria de médio porte, a premiada foi a empresa Home Care Cene Hospitallar, que levou pela segunda vez a premiação. Não houve premiação máxima para a categoria micro e pequena empresa.
Para conhecer os vencedores do prêmio WEPs 2016, clique aqui.
Os nomes das premiadas foram conhecidos em solenidade, em 29 de março, no Hotel Bourbon, em Foz do Iguaçu. A cerimônia reuniu autoridades nacionais e internacionais em equidade do gênero, CEOs e convidados especiais. Um total de 48 organizações recebeu algum tipo de reconhecimento (troféu ou menção honrosa), por atender plenamente pelo menos um dos sete princípios do WEPs, estabelecidos pela ONU Mulher.
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Depois de dois anos, o Prêmio WEPs Brasil 2016 – Empresas Empoderando Mulheres chegou à segunda edição com a responsabilidade de ajudar a ONU Mulheres a acelerar o progresso e o atendimento das demandas femininas em todo o mundo. O envolvimento das organizações contribui para essa missão.
O prêmio WEPs Brasil 2016 é uma iniciativa da Itaipu Binacional, Rede Brasileira do Pacto Global, ONU Mulheres e Portal Tempo de Mulher, em parceria com o MEX Paraná, Global Reporting Initiative e Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
São apoiadores institucionais do prêmio: Fiep, Fundação Coge, Assespro nacional e Assespro Paraná, ABRH nacional e ABRH Paraná, Sebrae, Amcham Brasil, Conselho Regional de Administração do Paraná, Conselho Federal de Administração, Fundação Dom Cabral, Isae e Fundação Nacional da Qualidade.
Premiadas – A diretora presidente da Home Care Cene Hospitallar, Sueli Kaiser, que recebeu o troféu na categoria média empresa, comemorou com entusiasmo a premiação. “É o trabalho de uma equipe inteira e é para ela que dedico esse prêmio”, afirmou.
O diretor de Recursos Humanos da Unilever Brasil, Fernando Rodrigueiro, agradeceu a parceria e disse que não é possível pensar num mundo sustentável sem pensar na questão da equidade de gênero.
O presidente da Renault do Brasil, Fabrice Cambolive, fez questão de passar a palavra para a diretora de Recursos Humanos Brasil, Ana Paula Camargo, envolvida desde o início com o processo de implantação das políticas de equidade de gênero na empresa. Ana destacou os esforços da organização para que a equidade seja de fato uma realidade, com as mulheres ocupando metade dos cargos de chefia na empresa.
Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, a luta feminista é de todas as pessoas que acreditam na construção de uma sociedade mais igualitária e democrática, em que a diversidade de experiências e escolhas esteja contemplada.
“Nós, como executivos, à frente das empresas, temos obrigação de continuar a manter esse processo, porque ainda há muito o que fazer. Sabemos que as mulheres não perdem a coragem nunca. Estão aí o tempo todo encampando movimentos políticos, estudantis, mas ainda são poucas na representação política, no comando das empresas”, disse.
Samek prosseguiu afirmando que “na Itaipu já fizemos muito e continuaremos fazendo para garantir a paridade, contemplando igualmente todos os gêneros, com a adoção de programas de ações afirmativas, de reparação e de formação”. Ele disse ainda que “as empresas que participam do prêmio estão cada vez mais em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio preconizados pela ONU”.
Segundo a diretora financeira executiva da Itaipu, Margaret Groff, “a igualdade de gênero é um direito humano básico, e a sua concretização tem enormes implicações socioeconômicas. O empoderamento das mulheres é um catalisador para a prosperidade da economia, estimulando a produtividade e o crescimento”. No entanto, disse, as desigualdades de gênero permanecem profundamente arraigadas na sociedade. “Mulheres em todas as partes do mundo sofrem violência e discriminação e estão sub-representadas em processos decisórios.”
Margaret Groff lembrou que as participantes da premiação não são concorrentes entre si, mas estão sim preocupadas, comprometidas e se preparando para um mundo cada vez mais sustentável, em que a questão de gênero ganhará um papel cada vez mais relevante. “Uma empresa que não estiver preparada para essa mudança certamente vai sucumbir, ou terá que acelerar o processo, para não perder o rumo da história.”
Margaret agradeceu a todos os envolvidos na organização do prêmio WEPs e a adesão das empresas na premiação. “Assim como em 2014, na primeira edição, conseguimos agora abranger todos os Estados do Brasil e 8% do PIB nacional. Como exemplo de alguns avanços, já observamos a implantação de cláusulas específicas de equidade de gênero nas organizações que participam do prêmio”, disse.
A diretora destacou que o prêmio WEPs “traz um banco de dados importante para o nosso trabalho. Em 2014 tínhamos 55 empresas signatárias do WEPs; hoje temos 90. O desafio é que esse número seja maior ainda. E esta é uma missão para a Secretaria de Políticas para as Mulheres, a ONU Mulheres e a demais empresas envolvidas no tema”.
Gênero nas empresas – O prêmio WEPs Brasil reconhece os esforços das empresas que promovem práticas, programas e ações de promoção da cultura da equidade de gênero e empoderamento da mulher.
O prêmio se baseia nos princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, da sigla em inglês para Women’s Empowerment Principles), iniciativa lançada pela ONU Mulheres e Pacto Global da ONU em 2010, para que mais e mais empresas se conscientizem da importância de valorizar o trabalho da mulher, de empoderá-la e, com isso, avançar para um mundo mais igualitário.
Formatação – Parte da formatação do WEPs Brasil foi feita com a colaboração das mulheres executivas do Paraná – MEX, que acaba de comemorar dez anos de criação. A organização trouxe para dentro das empresas o tema da equidade de gênero, colocando o Paraná na vanguarda das discussões e implantação de ações de empoderamento feminino.
Este ano, do total de empresas de pequeno, médio e grande porte que se cadastraram no site da premiação, 137 fizeram a autoavaliação. A classificação das finalistas foi feita por uma comissão de avaliadores, que checou as informações prestadas pelas empresas durante visita às instituições. O processo de classificação foi conferido pela auditoria independente Moore Stephens.
Comissão – “A realização de um prêmio exige um trabalho minucioso e de muita dedicação. Para isso, uma equipe técnica multidisciplinar foi formada com o objetivo de executar as etapas técnicas do prêmio, de acordo com as diretrizes definidas no desenvolvimento do projeto e obedecendo aos critérios do regulamento”, explicou a diretora.
Solenidade – A solenidade de premiação foi aberta com a apresentação do grupo iguaçuense Canto em Canto, coral formado por mulheres que, neste ano, completa 19 anos de carreira. Elas interpretaram a canção Woman (Mulher), de John Lennon.
Durante a cerimônia, a equipe avaliadora recebeu uma homenagem pelo comprometimento de forma voluntária ao trabalho. Fazem parte da equipe: Arlete Garbelotti Leite, Ana Carolina Ferraz Aidar, Ana Maria Garcia Rossi, André Luiz Marques da Silva, Adriana Brant de Carvalho, Beatriz Belfort Silveira Amaral, Denyse Gubert Rocha, Daniela Lopes Cavalheiro Stauffer e Daniela Priscila de Oliveira Veronezi.
O grupo é composto ainda por Françoise Zadinello, Julio Henrique Dreher, Juliana Helvig, Juliane Daniele Varhau, Liliane do Rocio Rigoni, Lilian Paparella Pedro Dias, Luciana Bueno Sartori, Marine Kovalhuk Lima, Nadia Rampi, Rosana Marlene Cordeiro, Renata Thereza Fagundes Cunha, Rafaela Lamounier, Rosane Zancan, Simone Ribeiro de Andrade de Paula Neves, Vanessa Aparecida Lewrentz e Vera Regina Meinhard Cobellache.
Também foi feito um agradecimento especial à comissão julgadora, formada por autoridades no tema da equidade de gênero no Brasil e que classificou as empresas vencedoras do prêmio WEPs Brasil 2016.
Em seu discurso, o presidente da Rede Brasileira do Pacto Global, André Gustavo de Oliveira, disse que a instituição não participará de nenhum evento em que as mulheres não estejam presentes no palco. As mulheres merecem ter visibilidade, ele afirmou.
Segundo a secretária de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica da Secretaria de Politicas para as Mulheres, Tatau Godinho, muitos dizem que esse é o século das mulheres, mas é preciso avançar muito para que também seja o século da igualdade. “Em várias pesquisas, as mulheres respondem que entrar para o mundo do trabalho foi uma grande transformação na vida delas. Mas sabemos que a ocupação ainda não se dá de forma igual.” Tatau agradeceu o empenho, a obsessão das mulheres em buscar a igualdade e também aos homens que entenderam essa proposta nos últimos anos.
A diretora e representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasmann, disse que as empresas são meios importantes de mobilização para os Objetivos das Nações Unidas. E o prêmio WEPs Brasil tem papel importante nesse trabalho.
Menções honrosas – Para a entrega das menções honrosas, subiram ao palco o presidente da Rede Brasileira do Pacto Global, André Gustavo de Oliveira; a secretária de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica da Secretaria de Politicas para as Mulheres, Tatau Godinho; a diretora e representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasmann; o diretor técnico executivo da Itaipu Binacional, Airton Dipp; a presidente da Rede Brasileira de Mulheres para a Sustentabilidade, Ieda Novais; o presidente da Fundação Coge, Jorge Nunes; e a diretora executiva do Portal Tempo de Mulher, Núria Casadevall.
A entrega dos troféus às empresas de pequeno, médio e grande porte, vencedoras na categoria bronze, foi feita pela embaixatriz do Brasil na Noruega e diretora da International Women’s Coffee Alliance, Josiane Cotrim; o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich; a diretora comercial da Gazeta do Povo, Luciana Lima; e o jornalista Caco de Paula, editor do Blog Clima21, do jornal O Estado de São Paulo.
A entrega dos troféus para as empresas de pequeno, médio e grande porte, vencedoras na categoria prata, foi feita pela secretária de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Tatau Godinho; o presidente da Rede Brasileira do Pacto Global, André Gustavo de Oliveira; a diretora da GRI Brasil, Gláucia Térreo; e o presidente da Assespro Paraná, Sandro Móles da Silva.
Ouro – Antes da premiação das pequenas, médias e grandes empresas na categoria ouro, foi feita uma apresentação especial da cantora Thayse Luchetta, acompanhada de Guto Teixeira na bateria e Léo Maristi no baixo, para a interpretação da cançãoMulher, que retrata a mulher contemporânea nos universos sociais e emocionais onde ela caminha, mostrando a importância da busca da equidade de gênero no contexto social.
O ouro foi entregue pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek; a diretora financeira executiva da Itaipu Binacional, Margaret Groff; e a diretora e representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasmann. A empresária e escritora Bel Pesce entregou a premiação para a vencedora de médio porte.