29.01.14 – Em Cuba, chefe da ONU acompanha ações pelo fim da violência contra as mulheres
29.01.2014
Cuba é líder em muitas questões de desenvolvimento, inclusive na expansão de oportunidades para mulheres e meninas, porém, como em todos os países, o desafio da violência contra mulheres e meninas permanece. Foi o que afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, durante uma visita nesta terca-feira , 28, ao Centro Nacional Cubano para Educação Sexual (CENESEX).
“A violência contra as mulheres é a violação dos direitos humanos mais difundida no mundo”, afirmou Ban Ki-moon. “Nossa mensagem é clara: mulheres e crianças têm o direito de se sentirem seguras e viverem com dignidade – em todos os lugares, em todos os momentos – na guerra e na paz, na pobreza e na prosperidade, dentro e fora de suas casas, escolas e locais de trabalho.”
“Para solucionar qualquer problema, precisamos reconhecer que há um problema – não escondê-lo ou minimizá-lo”, disse ele, pedindo aos jovens que não levantem suas mãos em violência, mas ao invés disso elevem a voz para impedi-la.
O secretário-geral aproveitou a ocasião para agradecer pela difusão da versão em espanhol da campanha “O valente não é violento” e considerou o trabalho da CENESEX “magnífico”, se dizendo “tocado e inspirado” pelas histórias que ouviu.
Mariela Castro, diretora do CENESEX e ativista pelos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, e também filha do presidente Raul Castro, prometeu seu comprometimento pessoal à campanha do secretário-geral para pôr fim à violência contra mulheres e meninas, a “Una-se pelo fim da violência contra as mulheres”.
Lançada por Ban em 2008, a campanha reuniu agências da ONU e escritórios para estimular ações no sistema da ONU, bem como prevenir e punir violência contra mulheres nos países em que a Organização trabalha.
Em Cuba para o segundo encontro da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), que teve início nesta terça-feira, Ban também se encontrou com o presidente Raul Castro, além de outros líderes do governo, para discutir o papel do país como presidente da CELAC.
Os dois também conversaram sobre o progresso do país em alcançar as metas antipobreza conhecidas como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e sobre a agenda de desenvolvimento pós-2015.
Foto: Rick Bajornas