UnB promove aula pública, em 25/4, sobre violência contra as mulheres
20.04.2016
Atividade é aberta a toda a comunidade acadêmica e acontece sob a liderança do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (Nepem) e da Diretoria de Diversidade do Decanato de Assuntos Comunitários da Universidade de Brasília, como parte das ações da universidade para prevenção e eliminação da violência contra as mulheres. Mobilização acontece com o apoio da ONU Mulheres e da campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres”
Neste 25 de abril, Dia Laranja Pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, a Universidade de Brasília (UnB) promove aula pública sobre Violência contra as mulheres: o que é, o que fazer, como encaminhar?, com apoio da ONU Mulheres Brasil, às 10h, na Maloca – Centro de Convivência Multicultural dos Povos Indígenas , no campus Darcy Ribeiro, em Brasília.
A aula será ministrada pela Profa. Dra. Lourdes Bandeira, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (Nepem) e titular do Departamento de Sociologia da UnB, e representante da Frente de Mulheres da UnB. A aula pública é aberta a toda a comunidade acadêmica.
A iniciativa está integrada às ações da UnB para o enfrentamento à violência contra as mulheres, intensificadas após o assassinato da estudante de biologia Louise Ribeiro, 20 anos. O crime aconteceu, em março de 2016, na universidade e foi cometido pelo ex-namorado e colega de curso da vítima, estudante de Biologia.
No dia 5 de abril, a UnB e a ONU Mulheres promoveram, no campus Darcy Ribeiro, o encontro a “Construção coletiva de ações para o enfrentamento à violência contra as mulheres”. Entre ações está a realização de debates, aulas públicas, palestras voltadas à eliminação da violência contra as mulheres todo dia 25, celebrado mundialmente como um Dia Laranja pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.
Parceria entre a UnB e a ONU Mulheres – Em junho de 2015, a UnB aderiu ao Movimento ElesPorElas (HeForShe) de Solidariedade pela Igualdade de Gênero, o qual foi proposto pela ONU Mulheres, para mobilizar especialmente os homens e meninos na defesa dos direitos de mulheres e meninas.
Em outubro de 2015, a UnB e a ONU Mulheres promoveram o curso de extensão “Investigação, processo e julgamento de mortes violentas de mulheres com a perspectiva de gênero”, realizado na Fundação Memorial Darcy Ribeiro por meio do Grupo Candango de Criminologia, da Faculdade de Direito, com a participação do Grupo de Estudos de Gênero e Psicologia Clínica (do Instituto de Psicologia), e do Núcleo de Estudo e Pesquisa Sobre a Mulher do Departamento de Sociologia (NEPEM). O curso foi coordenado pela Profa. Dra. Ela Wiecko.
O curso formou cerca de 30 pessoas, entre policiais civis e militares, bombeiros, delegados, promotores de justiça, defensores públicos, juízes e servidores na aplicação das diretrizes nacionais para investigar, processar e julgar as mortes violentas de mulheres, conhecidas hoje como feminicídios.
Violência contra as mulheres nas universidades – Conforme a pesquisa “Violência contra a mulher no ambiente universitário”, do Instituto Avon e Data Popular com o apoio da ONU Mulheres, para reverter o cenário de violência, tanto mulheres (95%) quanto homens (88%) acreditam que a faculdade deveria criar meios de punir os responsáveis por cometer violência contra mulheres na instituição. Também há concordância sobre incluir o tema violência contra a mulher na grade curricular, medida apoiada por 78% das entrevistadas e 64% dos entrevistados.
O levantamento ouviu 1.823 universitárias e universitários das cinco regiões do país, sendo 60% mulheres e 40% homens. Entre as entrevistadas, 67% já sofreram algum tipo de violência (sexual, psicológica, moral ou física) no ambiente universitário. Em relação à violência sexual, 28% já foram estupradas e 56% já sofreram assédio. Os dados são de 2015.