Em artigo no jornal Zero Hora, coordenador da Frente Parlamentar Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres defende adesão ao movimento #ElesPorElas
09.07.2015
Texto foi publicado pelo deputado estadual Edegar Pretto, membro do Comitê Nacional Impulsor Brasil ElesPorElas (HeForShe), no jornal Zero Hora
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Saiba mais sobre o movimento #ElesPorElas
Nós, homens, podemos e devemos ser aliados na luta feminista. Precisamos nos posicionar e conversar uns com os outros para que possamos eliminar todas as formas de desigualdade de direitos entre homens e mulheres. Muito já foi conquistado pelo movimento até hoje, mas está na hora de entendermos que a luta por equidade de gênero também é nossa, dos homens.
Nesse contexto, a ONU lançou em 2014 a campanha #ElesPorElas (#HeForShe em inglês). Em síntese, um movimento de solidariedade pela igualdade de gênero. O objetivo é envolver homens e meninos como defensores e agentes de mudança para alcançar a igualdade de gênero e a eliminação de todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres e meninas.
O pontapé da ação #HeForShe na América Latina foi dado no último dia 25 de junho em Foz do Iguaçu, ocasião em que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul tornou-se signatária do movimento, a partir das ações da Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher, que coordenamos há cinco anos. A dupla Gre-Nal já fez seu gol de placa escalando seus craques para vestirem a camiseta da campanha #ElesPorElas.
Com a adesão, a frente também entra para o comitê nacional impulsor Brasil Eles por Elas. Nossa tarefa agora é desdobrar um conjunto de agendas visando ao envolvimento de diferentes setores neste tema. O trabalho que começamos no Rio Grande do Sul já é referência no Brasil e para as Nações Unidas. Isso nos encoraja muito para seguir a grande luta de conversar com os homens sobre igualdade de gênero e o fim da violência contra as mulheres.
Como bem disse a embaixadora da boa vontade da ONU, a atriz Emma Watson, esta é uma campanha sobre liberdade em que “todos nós queremos que os homens comecem essa luta para que suas filhas, irmãs e esposas possam se livrar do preconceito, mas também para que seus filhos sejam livres para serem vulneráveis e humanos e, fazendo isso, sejam uma versão mais completa de si mesmos”. Essa é a nossa luta. E acredito que todos os gaúchos e gaúchas devem, sim, se mover na mesma direção.