Jovens Mulheres Líderes se despedem do programa sobre Gênero e Juventude da SNJ, PNUD e ONU Mulheres
12.12.2014
Jovens Mulheres Líderes se despedem do programa sobre Gênero e Juventude da SNJ, PNUD e ONU Mulheres
Por Participatorio da Juventude
Nos dias 9, 10 e 11 de dezembro, a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) recebeu a etapa finaldo “Jovens Mulheres Líderes: Programa de Fortalecimento em Questões de Gênero e Juventude”. O evento contou com a participação de 15jovens mulheres protagonistas em suas organizações e movimentos, além da presença de comunicadoras e jornalistas convidadas. Através de workshops e debates, temas como mídia, comunicação, gênero, etnia, raça e juventude foram amplamente discutidos.
O Programa Jovens Mulheres Líderes é resultado de uma parceria da SNJ com a ONU Mulheres e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O principal objetivo deste projeto é o fortalecimento de lideranças já existentes. Por isso,mulheres ativistas, com idades entre 18 e 29 anos, foram selecionadas para integrar o grupo. Foram nove meses de duração, encerrados nessa quinta-feira (11/12), com três visitas à Brasília.
A primeira visita aconteceu em abril deste ano e possibilitou a familiarização e a troca de experiências. Nessa oportunidade, as jovens puderam ter um contato inicial com suas mentoras (mulheres de referência no tema gênero e juventude) e foi formada a rede de Jovens Mulheres Líderes. Na segunda visita, realizada em maio, as jovens conheceram a vida de suas mentoras e novos canais de diálogo começaram a ser abertos para a construção de um plano de trabalho. Na terceira e última visita, o foco foi o tema Comunicação.
Nesta etapa, as jovens líderes puderam trocar experiências com jornalistas e comunicadoras. Além disso, houve a validação da proposta doGuia sobre Gênero, Raça, Etnia e Juventude para comunicadoras e comunicadores, que é uma adaptação do Guia para Jornalistas sobre Gênero, Raça e Etnia (2011), porém sob uma perspectiva atualizada e voltada para questões que envolvem a juventude.
A consultora da SNJ, Ana Laura Lobato, ressaltou a riqueza presente na diferença de realidades de cada uma das jovens participantes.“Foi um processo muito rico, de aprendizado. Trabalhamos com jovens de realidades distintas e isso trouxe muitos ganhos, principalmente sob o nosso olhar acerca do que pensa a juventude”. A partir do momento em que se aproximaram de organismos institucionais, as jovens líderes podem agora se engajar em novas formas de militância, fortalecendo a luta da juventude feminina brasileira.
A jovem líder Juliana Gonçalves, jornalista, ativista do movimento negro e integrante da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira), comentou a trajetória vivida pelas jovens ao longo desse programa. “Fortalecemos não só as nossas pautas como a nossa trajetória pessoal. Fizemos uma autocrítica de onde estamos, enquanto sujeitas de direitos, e aonde a gente quer chegar, enquanto militantes que acreditam em suas causas. Representamos as cinco regiões do país. As lutas de cada uma são muito específicas e mesmo assim a gente conseguiu manter o diálogo e a harmonia. Como perspectiva, vamos continuar dialogando para fortalecer as pautas que são importantes para o grupo”, disse.