ONU Mulheres toca o sino pela igualdade de gênero na bolsa de valores de São Paulo
22.03.2022
Evento simultâneo em 122 bolsas em todo o mundo busca mobilizar para o empoderamento econômico das mulheres e para que o setor privado tenha iniciativas para a equidade de gênero
A ONU Mulheres participou no Dia Internacional das Mulheres, 8 de março, na B3, do evento “Toque o Sino pela Igualdade” (Ring the Bell for Gender Equality), realizado em 122 bolsas do mundo todo. Foi o primeiro evento presencial na bolsa de São Paulo desde 2020; esta é a sexta vez que a B3 participa do Ring the Bell.
O evento global é uma inciativa da Sustainable Stock Exchanges Initiative (SSE) com ONU Mulheres, International Finance Corporation (IFC), World Federation of Exchanges (WFE), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Pacto Global com foco no empoderamento econômico das mulheres e promoção da igualdade de gênero no setor privado.
O CEO da B3, Gilson Finkelsztain, inaugurou o evento reafirmando o compromisso da bolsa de uma liderança composta 35% de mulheres na B3 até 2026, além da criação de um índice de mercado para medir a performance de empresas que tenham bons indicadores de diversidade.
Antes do toque da campainha, a representante adjunta da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino, a coordenadora do Programa Diversidade em Conselho (PDeC), Adriana Muratore, e a diretora executiva da B3, Ana Buchaim, participaram do painel “Os instrumentos que alavancam a equidade de gênero: o aumento de representatividade é só na contratação?”, mediado pela jornalista Luciana Barreto.
Ana Carolina Querino chamou a atenção para a importância do empoderamento das mulheres, nas suas variadas especificidades, o que também tem o potencial de garantir um futuro de mais sustentabilidade no setor privado. Além disso, destacou a importância dos Women’s Empowerment Principles (WEPs) como um instrumento preciso para promover a igualdade de gênero nos diferentes estágios da cadeia de produção do setor privado.
“Uma mulher empoderada é aquela que tem noção dos seus direitos, que tem garantido o direito de ter igualdade de oportunidades, de não ser discriminada. Não podemos prescindir das mulheres no processo de desenvolvimento”, argumentou.
Também participando da mesa, Adriana Muratore, do PDeC, contou que o programa vem identificando cada vez mais mulheres interessadas em se tornarem conselheiras. Com as participantes, realizam treinamentos e eventos que garantam maior visibilidade do trabalho por elas realizado:
“Estamos num momento em que já sabemos que ter mulher faz toda a diferença, a importância da diversidade já é hoje ponto pacífico. Mas é urgente acelerar esse processo.”
Ana Buchaim, diretora da B3, contou sobre as iniciativas da bolsa, que vem atuando em vários eixos para tentar diminuir os vieses nos seus processos, incluindo na hora da contratação. Por exemplo, na B3, os currículos passaram a ser avaliados sem levar em conta características como gênero, raça, idade, faculdade de graduação ou o endereço da pessoa que está concorrendo; tudo para tentar reduzir os vieses que prejudicam grupos específicos.
Confira à íntegra da transmissão: